Covid-19 trouxe um alívio momentâneo ao ambiente. “O problema é que não pode ser um intervalo”

O abrandamento da produção, das deslocações e do consumo provocado pelas medidas para combater a pandemia do novo coronavírus trouxe boas notícias para a crise ambiental, com uma diminuição da poluição e das emissões de gases com efeito de estufa. Mas teme-se que, passado o momento crítico que vivemos, pouco fique destas melhorias.

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Um centro comercial no centro de Aveiro fechado ao público Adriano Miranda
Rodovia de acesso controlado
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A diminuição do tráfego é evidente, com a maior parte da população fechada em casa Daniel Rocha
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O consumo está reduzido aos bens essenciais Rui Gaudêncio
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As saídas de casa estão reduzidas ao mínimo essencial, incluindo pequenos passeios diários Nuno Ferreira Santos
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A Avenida da Boavista, no Porto, sempre movimentada, está por estes dias deserta Paulo Pimenta
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Os aeroportos estão menos movimentados com a quebra acentuada do número de voos Miguel Manso

Se não viu as imagens de satélite que mostram a redução de gases poluentes sobre a China ou a Itália, já deve ter visto pelo menos as fotografias surpreendentes dos cardumes de peixes nos canais de águas límpidas de Veneza. A travagem a fundo da actividade económica, das viagens aéreas e da vida em geral de milhões de pessoas afectadas pela pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 em vários países do mundo trouxe uma momentânea redução da poluição e da emissão de gases com efeito de estufa (GEE), nomeadamente do dióxido de carbono (CO2). Mas será que vai durar? Há sinais que indicam que não. Ambientalistas ouvidos pelo PÚBLICO têm esperança de que algo de positivo possa ficar, mas não acreditam numa mudança verdadeiramente significativa.

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