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Cores e mais cores: o Holi e “o triunfo do bem sobre o mal” na Índia

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Cheio de colares, anéis e pulseiras, num templo em Barsana, na Índia, um homem dança alegremente no meio de uma roda humana que parece ter-se constituído de propósito para si. Numa cerimónia lúdica, no centro da cidade histórica de Nandgaon, os homens protegem-se dos paus de bambu com que as mulheres lhes batem. No ar, assim como nos rostos de quem ocupa as ruas, está sempre o gulal, esse pó colorido e perfumado usado na celebração dos rituais hindus. Roxo, vermelho, azul. Tons que nunca mais acabam — e que, de Norte a Sul, nos dias 9 e 10 de Março, encheram a Índia em mais uma edição do festival Holi, que “simboliza o triunfo do bem sobre o mal”.

Todos os anos, esta festa aproveita o aproximar da Primavera para comemorar “novos inícios”. Milhares de cidadãos juntam-se um pouco por todos os cantos do país. A cidade de Nova Deli e o estado de Uttar Pradesh ficam repletos de pessoas que se adornam umas às outras com os característicos pós caleidoscópicos. Cada cor assume um significado próprio. O vermelho ilustra o amor, o verde representa a felicidade, o amarelo simboliza o conhecimento. Ouve-se música e dança-se. Atiram-se balões de água. Acendem-se fogueiras para a realização de louvores. É uma festa que, apesar de também se celebrar noutros países, tem na Índia o epicentro, e que se faz com o objectivo de “unir a comunidade” e colocar um fim aos conflitos.

Este ano, apesar de tudo, o festival ficou marcado pelos medos relativos ao novo coronavírus. Houve quem não se juntasse à multidão sem uma máscara protectora — e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, chegou a escrever no Twitter sobre os riscos de grandes ajuntamentos de pessoas num tempo em que a epidemia continua a provocar novos casos, anunciando também que não ia estar com o resto da comunidade nas ruas. Lojistas queixaram-se de uma quebra nas vendas depois de circularem rumores que os pós usados no Holi haviam sido importados da China e muitas cidades cancelaram alguns eventos devido à ameaça do surto.

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