Coreografias para a liberdade e para confrontar o poder

David Marques e Adriana Grechi apresentam nestes primeiros dias de Cumplicidades duas peças a que importa não escapar: Dança sem Vergonha e Bananas.

Dança Sem Vergonha
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"Dança sem Vergonha", do bailarino e coreógrafo David Marques Ágata Xavier
Dança moderna
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David Marques filmou-se durante uma semana em casa, proporcionando situações em que a dança acontecesse Ágata Xavier
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Três bailarinas (Bruna Spoladore, Lívia Seixas e Nina Giovelli) desafiam as relações de poder em "Bananas", da coreógrafa paulista Adriana Grechi Jonia Guimarães
,Teatro
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Uma das grandes linhas de "Bananas", defende Adriana Grechi, é a “performance que acontece nos corpos dos espectadores, nas reacções, nos pequenos gestos” Jonia Guimarães

No quarto, no estúdio ou na discoteca, David Marques Dança sem Vergonha. Este que é o título do solo que apresenta sexta e sábado na Rua das Gaivotas 6, no arranque do 3.º Festival Cumplicidades, levanta o véu sobre algo que o coreógrafo e bailarino não quis esquecer: a descoberta recente do quão importantes e fortemente cravados na sua biografia estão os momentos em que dança, livremente e sem vergonha, ao som de canções. Já em Ressaca, peça anterior estreada em 2017, David Marques explorava essa sua vontade de aplicar o modelo do formato de canção à dança. Agora, quis recuperar essa memória de “usar a canção como interrupção do dia-a-dia para fazer algo que sentia como artístico”. E identificou, assim, esses três contextos e ambientes que vemos plasmados na sala: o estúdio de dança no instante “em que alguém põe uma música e aquele momento deixa de ser um aquecimento, passa a ser outra coisa qualquer”; o quarto, onde dança imaginando-se no palco, mas com a liberdade de se saber sozinho; ou a discoteca, quando a dança ocupa um lugar social.

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