FC Porto saiu de Viseu com a gestão feita, mas ainda sem bilhete para o Jamor

Com muitos titulares de fora, “dragões” empataram na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal.

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Mathaus e Marega em duelo em Viseu LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA

A exibição, principalmente na primeira parte, foi muito pouco convincente e os objectivos de Sérgio Conceição não foram plenamente atingidos. A quatro dias de defrontar o Benfica para o campeonato, o treinador portista deixou muitos titulares de fora no Estádio do Fontelo, e o FC Porto saiu de Viseu com a gestão feita, mas ainda sem bilhete garantido para o Jamor. Na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, os “dragões” estiveram a ganhar, mas deixaram-se empatar (1-1) pelo Ac. Viseu.

Na véspera, sem surpresa, Conceição tinha garantido que o FC Porto que iria apresentar no Fontelo estaria a pensar “única e exclusivamente” no Ac. Viseu, mas como se previa, o técnico portista não deixou de preservar quase todos os trunfos para o clássico de sábado frente ao Benfica, onde os “azuis e brancos” não podem falhar. Com margem de manobra para corrigir qualquer deslize na próxima semana no Estádio do Dragão, Conceição revolucionou por completo o seu “onze”, oferecendo a Vítor Ferreira a oportunidade de estrear-se a titular na principal equipa do FC Porto — o promissor médio, de 19 anos, tinha só 53 minutos de utilização.

E os primeiros segundos serviram de apresentação da qualidade do “77” e pareciam promissores para o FC Porto. Ainda antes de se cumprirem os primeiros dois minutos, uma grande assistência de Vítor Ferreira colocou Marega na cara de Ricardo Fernandes, mas o maliano, com a habitual forma trapalhona, não teve arte para fazer o chapéu ao guarda-redes visiense.

A partir daí, o jogo caiu num marasmo. Perante um Ac. Viseu que também apresentava algumas novidades no “onze” em relação à equipa que tinha jogado no fim-de-semana em Coimbra, o FC Porto tinha mais posse de bola (64% ao intervalo), mas mostrou-se sempre previsível e demasiado amorfo. Assim ao intervalo, o zero no marcador assentava na perfeição à qualidade da partida, mas visienses e portuenses regressaram dos balneários com os mesmos 22 jogadores. A atitude dos “azuis e brancos” foi, porém, ligeiramente diferente.

Mais agressivos e rematadores, os portistas rapidamente começaram a criar mais problemas à equipa de Rui Borges e, com naturalidade, o golo surgiu: Vítor Ferreira, o homem do jogo, recuperou a bola e assistiu Zé Luís. Na cara de Ricardo Fernandes, o cabo-verdiano não desperdiçou e regressou aos golos, dois meses depois.

Com meia hora para jogar, Conceição aproveitou para poupar Díaz (entrou Nakajima), mas uma dezena de minutos depois, Kelvin colocou na área e João Mário, sem qualquer marcação no centro da área, restabeleceu de cabeça o empate.

Perdida a vantagem, o técnico do FC Porto viu-se obrigado a fazer marcha-atrás na estratégia de poupança e lançou de imediato Soares e Corona. E com sangue novo no ataque, os “dragões” voltaram a assumir o domínio e podiam ter regresso à vantagem por Nakajima (mérito de Ricardo Fernandes) e Saravia (demérito do argentino), mas o empate manteve-se até final, deixando tudo por decidir para a segunda mão, no Porto.

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