Sp. Braga-Sporting, round 2: desta vez, sem Bruno

Silas vive, neste domingo, o início do novo Sporting, sem o principal craque das últimas três temporadas. Já Rúben Amorim chega em estado de graça, com seis triunfos em seis jogos.

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Paulinho e Battaglia no último jogo entre as equipas LUSA/ESTELA SILVA

Neste domingo haverá o segundo jogo entre Sporting de Braga-Sporting em menos de duas semanas – um novo round entre dois adversários separados por dois pontos na I Liga e em luta directa por um lugar europeu. Mas, desta vez, ao contrário do que aconteceu há poucos dias na meia-final da Taça da Liga – vitória minhota (2-1) –, o jogo terá “dedo do mercado”: Bruno Fernandes já não é o craque-mor de Silas e Rúben Amorim tem uma equipa mais “magra”.

Começando pelos “leões”, Silas vive, neste domingo, o início do novo Sporting. O capitão e principal jogador da equipa partiu para o Manchester United e a influência de Bruno Fernandes não se limitava à liderança e ao peso na criação das jogadas “leoninas”, era mais do que isso: em 48 golos marcados pelo Sporting, Bruno Fernandes teve participação directa em mais de 60% (!), fruto dos 15 golos e 14 assistências.

Os mais pessimistas dirão que é um Sporting pouco mais do que moribundo, refém do principal craque das últimas três temporadas, os mais optimistas poderão ver na partida de Bruno Fernandes a oportunidade para que Vietto assuma o protagonismo como o melhor jogador para actuar entre-linhas, na zona ofensiva, em vez de jogar tão colado ao corredor.

Rúben Amorim e Silas estão no lado do optimismo e apontaram às possíveis melhorias no Sporting. Amorim argumentou, na antevisão da partida, que a saída do médio internacional português “pode trazer um pouco mais de organização [ao Sporting] e outros jogadores podem soltar-se um pouco mais”, enquanto Silas disse que “alguns jogadores vão ter de assumir responsabilidades diferentes”. E acrescentou: “Saiu o Bruno e acho que podemos fazer outras coisas que, com ele, se calhar não podíamos fazer. Vai ser diferente, mas ainda é cedo para percebermos o que poderemos fazer sem o Bruno”.

No lado minhoto, Amorim viu o plantel ser emagrecido no fecho do mercado de Inverno. Saíram Hassan, Xadas, Claudemir, Pablo e Murilo – este titular na última partida –, mas entraram o ex-Barcelona Abel Ruiz e Bruno Wilson – recomprado ao Tondela, depois de um bom início de época, para compensar a lesão de Tormena. A necessidade de juntar Wilson a Bruno Viana, Wallace, Raúl Silva e David Carmo prende-se com o uso abundante de defesas-centrais no esquema adoptado por Amorim – um sistema com o qual o Sp. Braga ainda só soube vencer.

Palhinha não joga, Mathieu está em dúvida

Para este jogo espera-se uma partida com domínio minhoto e muitos remates à baliza do Sporting. A equipa de Amorim tem trazido essa matriz para grande parte dos jogos, ao contrário da de Silas, pouco importada por jogar em transições.

Estes modelos de jogo são atestados, também, pelas estatísticas: além dos dados de posse de bola, favoráveis aos bracarenses, o Sporting é das equipas da I Liga que mais remates permitem dentro da chamada “grande área”, enquanto o Sp. Braga é das que mais remata nessa zona.

Outro dado estatístico que poderá ter algum peso é a defesa das bolas paradas: o Sp. Braga é a quarta equipa mais forte nos duelos aéreos, enquanto o Sporting, tradicionalmente ineficaz nesse capítulo, surge na cauda da tabela.

Para este jogo, o Sp. Braga não terá Palhinha (emprestado pelo Sporting) e João Novais, castigado, enquanto o Sporting não jogará com Luiz Phellype, lesionado, e ainda tem Mathieu em dúvida.

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