Portugal sem princípio e sem fim frente à Islândia

Selecção nacional derrotada na segunda fase do Europeu de andebol. Eslovénia será, na terça-feira, o próximo adversário.

Paulo Pereira, seleccionador português
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Paulo Pereira, seleccionador português Reuters
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LUSA/ANDREAS HILLERGREN
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Portugal já teve uma dose generosa de vítimas famosas no Europeu de andebol. Vitórias impressionantes sobre França e Suécia consolidaram o estatuto da selecção portuguesa como uma das grandes surpresas deste Euro 2020, e, neste domingo não esteve longe de abater outra selecção de topo, a Islândia. Se o grosso do jogo foi equilibrado, Portugal não entrou bem e cedeu nos minutos finais, sofrendo uma derrota por 25-28 (12-14 ao intervalo) em jogo a contar para o Grupo II da ronda principal, que não coloca o apuramento para as “meias” fora do alcance, mas deixa essa meta bastante mais longe. E dá uma urgência suplementar ao jogo desta terça-feira frente à Eslovénia. Esse sim, será decisivo.

Se Portugal não tivesse demorado quase nove minutos a marcar o primeiro golo talvez as coisas tivessem sido diferentes. Mas quando Alexis Borges fez o marcador funcionar para Portugal aos 8m53s já os islandeses tinham marcado quatro. E, nos minutos seguintes, A vantagem aumentou para seis golos (2-8) graças a uma defesa feroz liderada por um guarda-redes inspirado – Gustavsson fez 12 defesas o jogo todo. Portugal conseguiu recuperar do seu início desastroso e conseguiu chegar ao intervalo a perder apenas por dois (12-14), fechando os primeiros 30 minutos com um remate certeiro de longa distância de Fábio Magalhães que entrou na baliza no limite do apito.

A selecção portuguesa conseguiu transportar esse bom momento para a segunda parte, recorrendo mais vezes ao ataque de “sete para seis”, e, aos 36’, conseguiu ficar pela primeira vez (e única) na frente do marcador (17-16) graças a um livre de sete metros de António Areia. Mas a Islândia, sabendo o que acontecera com os seus vizinhos suecos, não deixou Portugal fugir. Beneficiou de duas exclusões sucessivas à entrada para os últimos 20 minutos para voltar a criar alguma distância (18-21).

A contestação a algumas decisões da equipa de arbitragem roubou algum discernimento à equipa portuguesa, mas, ainda assim, conseguiu voltar ao jogo. Chegou ao empate (22-22) à entrada para os dez minutos finais e foi mantendo a desvantagem na margem mínima até aos 57’, mas o acerto do quarentão Sigurdsson combinado com a exclusão de Alexis Brogens conduziu ao triunfo final dos islandeses, que conquistaram, assim, os seus primeiros pontos nesta ronda principal.

Alexander Petterson, com cinco golos e quatro assistências, foi considerado o homem do jogo, sendo Janus Smarason o melhor marcador do encontro (oito golos). Do lado português, Miguel Martins e António Areia foram os melhores anotadores (quatro golos cada), seguidos de Alexandre Cavalcanti e Fábio Antunes (três).

Noruega perfeita

Ao contrário do Grupo I, onde a Croácia já tem lugar garantido nas meias-finais e a Espanha para lá caminha (ambos com seis pontos), o Grupo II tem muita gente a lutar pelos dois lugares de apuramento para as meias-finais. Para já, é a Noruega quem lidera sozinha na frente, com seis pontos em seis possíveis, depois de um triunfo sobre a Suécia por 23-20. Esta vitória deixa os vice-campeões mundiais praticamente garantidos nas meias-finais com dois jogos ainda por disputar, enquanto os suecos, ainda sem qualquer ponto, já não têm hipóteses de seguir em frente.

Antes, a Hungria também se junto à corrida por um lugar nas meias graças a um triunfo (29-28) sobre a Eslovénia, que ainda não tinha perdido qualquer jogo neste Europeu. Com esta vitória, os húngaros somam a somar quatro pontos no agrupamento, tal como os eslovenos. Seguem-se Portugal e Islândia, ambos com dois pontos, com os suecos a fecharem a classificação.

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