FC Porto vence à justa e garante meias-finais da Taça

Varzim foi a primeira equipa portuguesa a marcar esta época no Dragão, mas não conseguiu evitar eliminação.

Foto
LUSA/ESTELA SILVA

O FC Porto garantiu, pelo terceiro ano consecutivo, o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, impondo-se por um tangencial 2-1 a um Varzim que, sem nunca ter chegado a constituir uma verdadeira ameaça, não permitiu que o vice-líder da I Liga encerrasse a questão com a facilidade pretendida pelos “azuis e brancos”, alimentando, na inversa, um quadro de incerteza que se arrastou até ao apito final. 

Apesar de eliminados, os poveiros tiveram como prémio de consolação o facto de terem sido os únicos a nível nacional a marcarem um golo em pleno Dragão, nesta época.

Sem Pepe, Nakajima e Corona, o técnico portista aproveitou o contexto destes quartos-de-final da Taça de Portugal para introduzir algumas alterações, com destaque para o regresso de Renzo Saravia. Opção que o próprio Sérgio Conceição desfez ao intervalo, depois de concluir que o internacional argentino não conseguia surgir na frente, como pretendia, e simultaneamente controlar o espaço defensivo e as investidas de Lumeka. O inglês cedido pelo Crystal Palace foi um permanente foco de instabilidade que afectou a tarefa de Mbemba e levou o técnico portista a corrigir e a lançar Alex Telles para a segunda parte, deslocando Manafá para a direita.

Antes, já Soares colocara os portistas em vantagem, na sequência de um lance muito contestado pelos poveiros, que reclamavam uma falta de Mbemba no início da jogada. Inconformado, o Varzim insistia na velocidade de Lumeka, sempre pela esquerda, embora sem resultados práticos. Aliás, foi de um livre directo de Hugo Gomes (36’) que resultou o golo visitante, o primeiro consentido pelo FC Porto esta época, em casa, em competições domésticas. 

A igualdade acabaria por ser rapidamente desfeita, apesar de o FC Porto nunca ter atingido um patamar exibicional capaz de aquecer as bancadas, rectificando antes do intervalo na sequência de um livre indirecto, que Marcano concluiu de cabeça. O espanhol atingiu a marca de 18 golos, superando o registo de Bruno Alves e Rolando.

Apesar da troca de laterais, o espectáculo não melhorou numa segunda parte sem golos e sem motivos de interesse para além do regresso de Romário Baró e da estreia absoluta do jovem Vítor Ferreira na primeira equipa do FC Porto. 

Convidado a tentar o ataque organizado, o Varzim percebia que até nem sequer estava perante uma missão impossível, apesar da manifesta incapacidade para explorar algumas hesitações defensivas do adversário, com Diogo Costa a largar uma bola na área e a não sair a um par de cruzamentos que só não foram realmente perigosos porque a equipa poveira não tinha presença na área. 

O desgaste era notório e o FC Porto só não desfez todas as dúvidas em tempo útil porque estava dependente das acções de Otávio, já que Luis Díaz não conseguia libertar-se do opositor directo, Fábio Silva não conseguia impor-se e Soares desperdiçava a última grande oportunidade para fechar a eliminatória.

Sugerir correcção
Comentar