Dois anos depois, o Rio Ave volta a ameaçar o Benfica na Taça de Portugal

Benfiquistas e rioavistas defrontaram-se pela última vez na prova em Dezembro de 2017, com vitória da equipa de Vila do Conde

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LUSA/MARIO CRUZ

A 13 de Dezembro de 2017, o palco era diferente (Vila do Conde), a fase da prova menos adiantada (oitavos-de-final) e os líderes nos bancos das duas equipas eram outros (Miguel Cardoso nos rioavistas; Rui Vitória nos benfiquistas), mas depois de 120 minutos de bom futebol à chuva, o Rio Ave, com um triunfo por 3-2, afastou o Benfica da prova que os “encarnados” tinham conquistado meia dúzia de meses antes. Dois anos e um mês depois, as duas equipas reencontram-se na Taça de Portugal, com ambos os treinadores a atirar elogios para o campo contrário na antevisão dos quartos-de-final.

Será mais um jogo pouco aconselhável a menores de idade no futebol português: o início está marcado para as 21h15 e no caso de se ter que recorrer ao desempate por penáltis, o semifinalista pode ser conhecido já na madrugada de quarta-feira. Peculiaridades das provas nacionais à parte, o duelo entre o Benfica e o Rio Ave será o jogo de maior cartaz dos quartos-de-final da Taça de Portugal e Bruno Lage, na antevisão da partida, destacou a qualidade do Rio Ave, “uma equipa competente, que vai criar problemas e vai querer seguir em frente”. “Temos de estar no nosso melhor frente a uma equipa que está a fazer um campeonato muito bom, uma Taça da Liga e uma Taça de Portugal a chegar às fases de decisão.”

Apesar de ter derrotado a equipa de Vila do Conde no Estádio da Luz a 2 de Novembro para a I Liga (2-0, com golos de Rúben Dias e Pizzi), Lage elogiou ainda Carlos Carvalhal, com quem trabalhou no Sheffield Wednesday e Swansea: Sheffield Wednesday: “Um grande treinador, com dois excelentes adjuntos.”

Com Rafa de regresso aos convocados, mas Gedson já fora das contas – o médio já não treinou ontem e vai jogar por empréstimo no Tottenham de Mourinho -, o treinador do Benfica, que depois do confronto com o Rio Ave terá menos de 72 horas para recuperar os seus jogadores para o clássico com o Sporting para o campeonato, em Alvalade, aproveitou ainda para deixar críticas à calendarização das provas: “É uma matemática mal feita e é algo que temos de levar em consideração. Vamos decidir qual é o melhor onze para o jogo.”

Moralizada pela vitória na passada sexta-feira nos Açores frente ao Santa Clara, a equipa de Vila do Conde quer ser “incómoda” no Estádio da Luz. Carvalhal reconhece a “diferença do valor” entre o Benfica e o Rio Ave, e, tal como o treinador benfiquista, não poupou elogios ao técnico adversário: “Desde que o Bruno Lage chegou ao clube, [o Benfica] tem feito um trajecto a roçar o perfeito, tem perdido pouquíssimos pontos”. No entanto, embora a missão seja “muito difícil, no futebol não há missões impossíveis. Temos de se organizados, empenhados e acreditar que podemos avançar na prova”.

Lembrando o jogo para o campeonato, Carvalhal considera que nessa partida o Rio Ave teve “dificuldades no sector ofensivo, com alguns jogadores lesionados”, mas acredita que agora as coisas serão diferentes: “Penso que estamos mais equilibrados, o que não significa que vamos ser muito mais ofensivos, mas prometemos que vamos entrar com o objetivo de vencer.”

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