Sporting resistiu ao vírus sadino, mas saiu debilitado para o derby

Perante um V. Setúbal muito debilitado, os “leões” conquistaram no Estádio do Bonfim três pontos importantes, mas perderam Coates e, provavelmente, Vietto, para o duelo contra o Benfica na próxima jornada.

Foto
Lusa

Durante um terço do jogo o V. Setúbal ainda exibiu vigor suficiente para ameaçar empatar o Sporting, mas um golo na própria baliza do estreante João Meira e um penálti escusado cometido por Pirri acentuaram de forma fatal as debilidades sadinas. Com apenas cinco jogadores no “onze” que tinham sido utilizados na última jornada, o V. Setúbal não teve saúde para travar o Sporting que, imune ao vírus sadino, conquistou três pontos importantes no Estádio do Bonfim. Apesar vitória, por 3-1, os “leões” não saíram incólumes da partida: Coates e, provavelmente, Vietto (saiu lesionado), vão falhar o duelo contra o Benfica na próxima sexta-feira.

Após uma semana onde se falou mais de saúde do que futebol no Bonfim e em Alvalade, a expectativa em torno do “onze” que o V. Setúbal iria apresentar contra o Sporting era grande. Os sadinos, que, alegando tratar-se de uma ofensa da “honorabilidade” do clube, rejeitaram a realização de uma junta médica para avaliar a condição física dos seus jogadores, esconderam o jogo até à última hora – não foi revelada qualquer convocatória. Porém, a cerca de uma hora do início da partida, o mistério ficou desfeito: O V. Setúbal ia a jogo com 16 atletas disponíveis; no “onze” havia cinco jogadores que tinham sido utlizados há uma semana em Famalicão; entre as seis “caras novas”, estavam o guarda-redes Milton Raphael e o central João Meira, estreantes absolutos na I Liga esta época.

Do lado do Sporting, os problemas eram outros. Apesar de Silas ter confessado na véspera que já está a “preparar alternativas” a Bruno Fernandes, o técnico ainda contou com o médio, o único “indiscutível” na equipa”, mas Acuña (devido a uma “mialgia na coxa”, segundo os “leões”), e Doumbia (castigado) não estiveram no Bonfim. Assim, a grande novidade no “onze” de Silas foi Battaglia, que não era titular desde 26 de Setembro.

Como se previa, no relvado o jogo esteve ao nível (baixo) da atmosfera de polémica e incerteza que antecipou um dos duelos com mais história no futebol português. Nos primeiros dez minutos, o orgulho dos jogadores do V. Setúbal causou calafrios aos sportinguistas, mas o avançar dos minutos jogava contra os sadinos e, com naturalidade, o Sporting foi assumindo o domínio territorial. Até que uma infelicidade de João Meira foi o remédio que os “leões” precisavam: aos 27’, após um remate de Ristovski, o defesa, de 32 anos, desviou a bola para o fundo da própria baliza.

A desvantagem penalizada a boa atitude dos setubalenses no primeiro terço do jogo, mas a equipa de Julio Velázquez nem teve a oportunidade de procurar reagir. Com novo erro da defesa sadina (falta desnecessária cometida por Pirri na área), Bruno Fernandes reforçou o currículo para inglês ver e fez de penálti o seu primeiro golo na partida.

Sem qualquer remate à baliza de Max no final dos primeiros 45 minutos, o V. Setúbal parecia mais perto de ser goleado do que ameaçar o triunfo sportinguista, mas pouco depois da hora de jogo Mathieu tinha a receita do antipirético que os sadinos precisavam: o francês perdeu a bola de forma displicente e Carlinhos rematou de fora da área. Com alguma ajuda de Max à mistura, a bola entrou na baliza sportinguista.

Com o golo sofrido o Sporting tremeu e apanhou dois grandes sustos (Guedes, aos 74’, teve por duas vezes o golo na cabeça), mas já em período de descontos foi o Sporting que voltou a marcar: após uma boa jogada de Camacho, Bruno Fernandes finalizou com qualidade e bisou, marcando pela oitava vez no campeonato.

Sugerir correcção
Ler 8 comentários