A pop de Georgia está nas pistas de dança de 1980

Cabe-lhe o feito de nos oferecer o primeiro grande álbum pop de 2020. Em Seeking Thrills, Georgia encosta os ouvidos ao house e ao techno de Chicago e Detroit, evoca Kate Bush, e infecta-nos com um “chuto” de hedonismo.

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Após um período em que a sua vida se descontrolou por completo, Georgia Barnes resolveu aplicar travões a fundo no padrão a que se tinha entregado: um consumo imoderado de álcool e comida pouco saudável. No período que se seguiu à sua estreia discográfica, com o álbum homónimo (em 2015), a baterista que pôs um pé na indústria musical ao tocar em sessões de estúdio ou em palcos de gente como Kate Tempest, Micachu ou Kwes deixou escapar qualquer réstea de discernimento pelo ralo e instalou o pânico em família e amigos. Ganhou peso rapidamente, passou noites atrás de noites a beber mais do que seria recomendável e foi chamada à terra com violência. Pelo que decidiu parar com tudo antes que descarrilasse de vez. Foi na fase de desintoxicação extrema que se seguiu – passou a praticar a sobriedade como um imperativo divino e tornou-se vegan – que começou a compor Seeking Thrills, o segundo álbum da sua carreira a solo.

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