É um armazém de bicicletas simples e robusto — e fica em Águeda, claro

Ivo Tavares
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Ivo Tavares

A irregularidade do terreno de três mil metros quadrados foi o principal desafio na construção do edifício industrial da Sociedade Comercial do Vouga, um armazém de peças de bicicletas em Águeda, claro — ou não fosse esta cidade conhecida a capital da bicicleta. Mas "esse constrangimento" acabou por ser determinante: obrigou o arquitecto Nuno Silva a usá-lo em seu favor, desmaterializando a forma do edifício, que nasceu como uma "estrutura muito simples". 

"É um armazém com um edifício de escritórios acoplado", descreve o arquitecto fundador do escritório nu.ma, em entrevista telefónica com o P3. "A estratégia foi separar fisicamente o que é zona de escritórios, da zona de exposição e de armazenamento", continua. Resultou um edifício com dois pisos, que se desenvolve principalmente no piso 0, estando o primeiro andar reservado para os escritórios.

"Tendo em conta que é um armazém, um projecto de carácter robusto", o arquitecto escolheu materiais que "ajudassem a criar" essa aparência, como se vê nestas imagens de Ivo Tavares. Escolheu a chapa ondulada de cor escura para o revestimento exterior e, no interior, uma estrutura crua, sem acabamentos. Também "pela possibilidade de flexibilidade do edifício". A entrada, revestida a caixilharia em vidro, assume a maior transparência do edifício. 

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