Sargentos consideram OE e mensagens de Natal e Ano Novo “amargo sabor a vazio”

A associação queixa-se de falta de soluções para cobrir a saída de militares que são hoje metade do que eram em 2002.

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O Exército tem hoje 12.563 efectivos, metade do que tinha em 2002 LUSA/PAULO NOVAIS

A Associação Nacional de Sargento (ANS) considera que o Orçamento do Estado e as mensagens de Natal e Ano Novo da tutela e do Comando Supremo das Forças Armadas deixam “um amargo sabor a vazio”.

Em comunicado, a ANS sublinha que “sobre as matérias que continuam a preocupar aqueles que servem Portugal nas Forças Armadas, nada foi objectivamente referido”.

Na nota, a associação aponta vários problemas como o êxodo de militares e para as dificuldades de recrutamento e retenção, a demora “inexplicável e inaceitável” de vários meses na comparticipação das despesas com a saúde.

“A sujeição a instalações de trabalho ou de habitação com revestimento ou cobertura de amianto e a não aplicação das medidas obrigatórias de higiene e segurança no trabalho, um regime remuneratório obsoleto, injusto e classista, há mais de 10 anos sem qualquer actualização”, são outros problemas apontados pela ANS.

A associação chama ainda a atenção para “o tratamento diferenciado relativamente à política de reconhecimento, direito e aplicação de diversos subsídios e suplementos remuneratórios, a desigualdade de tratamento no que diz respeito às normas de colocação e transferência e às Guarnições Militares de Preferência (GMP), as promoções e as injustiças relativas ao cálculo das pensões de reforma, por força da aplicação de cálculos feitos em períodos de cortes provisórios nos vencimentos.

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