Sporting vence em Portimão e avança para a final four

“Leões” estiveram a perder por dois e jogaram a segunda parte com menos um, mas triunfaram por 2-4 e qualificaram-se na Taça da Liga.

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Andou perigosamente perto da destruição, com muita gente a carregar no botão (árbitro incluído), mas o Sporting transformou uma iminente derrota numa vitória, qualificando-se, de caminho, para a final a quatro da Taça da Liga, competição que venceu nas duas últimas temporadas. A um penálti, um autogolo e uma expulsão, os “leões” responderam com crença e risco, triunfando por 2-4 frente ao Portimonense em jogo a contar para o Grupo C. Este triunfo, mais o triunfo do Gil Vicente em Vila do Conde por 0-1, deixou o Sporting no topo do agrupamento, com seis pontos, e na rota do vencedor do Grupo A, que sairá do encontro neste domingo entre Paços de Ferreira e Sporting de Braga.

O Sporting acabaria por ser um vencedor justo pelos riscos que correu e pela crença que mostrou, mas durante boa parte do jogo o desfecho parecia ser outro. O Portimonense também estava na luta pelo apuramento e fez por isso, sempre objectivo e perigoso no ataque, alimentado pela velocidade de Aylton Boa Morte e pelo posicionamento impecável de Jackson Martínez. Esta dupla fez estragos na primeira parte e colocou os algarvios com dois golos de vantagem à passagem da meia-hora. Só não foram mais porque Luis Maximiano, cada vez mais dono da baliza “leonina”, não deixou.

O pesadelo sportinguista começou a formar-se aos 16’. Rafael Camacho, titular pela segunda vez esta época, cometeu uma falta imprudente sobre Júnior Tavares quando este tentava uma recarga após uma defesa de Maximiano a remate de Jackson, e foi o colombiano, sem tremer, a fazer o 1-0 para a formação orientada por António Folha. Aos 31’, os algarvios dobraram a vantagem, com Mathieu a introduzir na própria baliza um cruzamento de Aylton que ia bem direccionado. Tal como estava o jogo – e com o empate sem golos a Norte – era o Portimonense quem estava bem lançado para seguir em frente.

Os “leões” deram alguns sinais de vida aos 37’. Bruno Fernandes teve um daqueles momentos de parar o jogo – recebeu a bola, tirou Rodrigo Freitas do Caminho e picou-a para Vietto cabecear sem hipóteses para o guardião japonês Gonda. Mas as coisas voltaram a complicar-se pouco depois. Perto do final da primeira parte, João Pinheiro viu falta num lance entre Bolasie e Pedro Sá, mostrou o segundo amarelo ao congolês e expulsou-o do jogo – foi uma decisão errada já que não houve qualquer falta de Bolasie, mas, antes, uma grande interpretação de Pedro Sá a queixar-se de ter sido atingido na cara, quando, quanto muito, sofreu um ligeiríssimo toque no braço.

A decisão de João Pinheiro deixou o Sporting a jogar com dez durante mais de meio jogo e com a “final four” da Taça da Liga cada vez mais longe. Jorge Silas não tinha outra coisa a fazer que não arriscar e foi o que fez, ao mesmo tempo que os homens de Folha pareciam contentes em fazer a gestão. Grande equívoco algarvio e grande felicidade “leonina”. Aos 77’, Rafael Camacho redimiu-se do disparate da primeira parte e marcou um grande golo, tirando um defesa algarvio duas vezes do caminho antes de arrancar um tiro indefensável para Gonda.

Foi uma astreia a marcar para o jovem extremo com a camisola do Sporting. Não seria o único, já que, aos 84’, Gonzalo Plata fez bom uso dos minutos que Silas lhe deu para fazer o 2-3, uma concretização segura após um espectacular passe de Bruno Fernandes. O Sporting não ficou por aqui e, já em tempo de compensação, houve o golo que já começa a ser habitual de Luiz Phellype, um remate de primeira após passe de Vietto. Era só para confirmar que a vitória não iria fugir. E, com o Gil Vicente a marcar quase ao mesmo tempo em Vila do Conde, o apuramento também não.

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