Sp. Braga busca o apuramento e um recorde. Vitória procura a salvação

Com perspectivas antagónicas, clubes minhotos decidem nesta quinta-feira o seu futuro na Liga Europa.

Sá Pinto
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Sá Pinto LUSA/HUGO DELGADO
,Vitória SC
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Ivo Vieira LUSA/JOSE COELHO

Com um registo invejável na Liga Europa, o Sp. Braga de Ricardo Sá Pinto (líder do Grupo K) precisa de conquistar um ponto frente ao Wolverhampton (17h55, SPTV2), de Nuno Espírito Santo, para assegurar a passagem aos 16 avos-de-final da Liga Europa e, simultaneamente, estabelecer um recorde de 12 partidas consecutivas sem derrotas em provas da UEFA, novo máximo entre os clubes portugueses.

O empate entre Sp. Braga e Wolverhampton garante, igualmente, a qualificação dos ingleses. Mas não se espera um pacto de não-agressão entre os técnicos lusos.

Sá Pinto enfatiza o momento dos “wolves” (actual quinto classificado na Premier League), embalados por três vitórias seguidas na Europa e com uma única derrota em 13 encontros desde a visita dos “guerreiros” ao Molineux, há mais de dois meses.

Na verdade, o Sp. Braga nem precisa de pontuar, apurando-se caso o Besiktas bata o Slovan Bratislava, em Istambul. Um dado que não interferirá na abordagem prometida pelo técnico bracarense, orgulhoso das oito vitórias nos últimos 11 jogos e fortemente “motivado” pela possibilidade de fazer história.

Ivo Vieira assume tarefa difícil

Com um horizonte bem menos claro, em Guimarães luta-se contra a ideia de uma eliminação iminente. Sem competir desde o derby do Minho, com o Sp. Braga, há quase três semanas, o Vitória aproveitou este hiato para focar-se nos dois principais problemas da equipa no plano internacional: a eficácia e as bolas paradas defensivas.

Na quinta ronda do Grupo F da Liga Europa, Ivo Vieira espera resultados práticos na recepção ao Standard Liège (20h, SPTV2), segundo classificado, a par de Eintracht (último adversário dos vimaranenses). E, a menos que vença a formação belga orientada por Michel Preud’homme — enquanto torce pelo líder Arsenal, frente aos alemães, no Emirates —, as probabilidades de Ivo Vieira qualificar o Vitória (último com apenas um ponto conquistado) para os 16 avos-de-final da prova ficarão reduzidas a cinza.

“Estivemos focados nos momentos de jogo que tínhamos de melhorar. Temos de acreditar, mas a tarefa é difícil”, considerou o treinador dos vimaranenses, salientando a “aprendizagem valiosa” num grupo em que a equipa mais rematadora é a menos concretizadora, destacando-se ainda pela negativa com quatro dos sete golos consentidos na sequência de cantos ou livres.

Indiferente aos anseios dos portugueses, Preud’homme pede objectividade à sua equipa, que também aguarda boas notícias de Londres.

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