Sp. Braga errou, sofreu e suou, mas apurou-se na Liga Europa

Nesta quinta-feira, em Braga, a equipa minhota empatou frente ao Wolverhampton, a três golos, um resultado que deu o apuramento às duas equipas.

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André Horta,André Horta Reuters/RAFAEL MARCHANTE,Reuters/RAFAEL MARCHANTE
Diogo Jota e Bruno Viana em acção em Braga
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Diogo Jota e Bruno Viana em acção em Braga Reuters/PETER CZIBORRA
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Wallace LUSA/HUGO DELGADO
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Jogadores do Wolverhampton festejam um golo LUSA/HUGO DELGADO
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Jiménez LUSA/HUGO DELGADO

Uma vitória daria apuramento, um empate também e até uma derrota, sob algumas condições, poderia ser suficiente. As probabilidades estavam a favor e o Sporting de Braga aproveitou-as para selar o apuramento para os 16 avos-de-final da Liga Europa, com um empate a três golos frente ao Wolverhampton.

As más-línguas poderiam prever um “pacto não-agressão” neste jogo, já que ambas as equipas se apurariam com um empate. O desfecho até foi esse, mas a partida esteve longe de parecer a procura de um empate - ela foi animada, mexida e, sobretudo, com clara influência do aspecto físico e da intensidade.

O problema da intensidade inglesa

O Sp. Braga entrou no jogo praticamente a vencer, com um remate de André Horta de fora da área, aos 6’. O remate saiu rasteiro e pouco potente, mas o toque em Rúben Neves deu-lhe mais força e uma altura suficiente para trair Rui Patrício. Depois disto, a equipa acabou por “morrer”, aparentemente por, em Portugal, estar pouco habituada a dois aspectos: jogo rápido e critério largo do árbitro.

Primeiro, porque a partida se jogou debaixo de muita chuva e também por cima dela: o relvado, muito molhado, acabou por influir no tipo de jogo, com a partida a ser rápida e fértil em transições, havendo muito espaço para jogar. E a equipa portuguesa, habituada a um campeonato bastante mais lento, pareceu algo incapaz de acompanhar o ritmo da partida, sobretudo a seguir à perda da bola. E foi isto que deu o primeiro golo do Wolverhampton, aos 14’, com os minhotos a serem incapazes de acompanhar a mudança do lado da bola. Cruzou o espanhol Johny e Jiménez cabeceou nas costas de um Wallace focado na bola e pouco interessado no adversário. Erro primário do jogador e a equipa sofreu as consequências.

Aos 24’ o Sp. Braga ia sofrendo com o outro aspecto já referido. O critério largo do árbitro permitiu muito contacto e os jogadores portugueses, pouco habituados a isso, várias vezes ficaram parados, a pedir faltas. Os “wolves” quase aproveitavam um destes lances, com Traoré a cruzar para Diogo Jota falhar a finalização por pouco.

Pouco depois da meia hora, a incapacidade física e falta de intensidade do Sp. Braga voltaram a sentir-se. Aos 34’, Jiménez recebeu, rodou, conduziu, pensou e fez um grande passe “picado” para Doherty finalizar, vindo de trás. E o Sp. Braga a assistir, como se nada se passasse.

Um minuto depois, novo problema com a falta de intensidade. Perda de bola no meio-campo, fruto da pressão dos “wolves”, Sp. Braga passivo na transição defensiva e Jiménez descobriu Traoré, que driblou Wallace e rematou para uma má intervenção de Eduardo, aparentemente mal batido.

Sp. Braga “acordou” ao intervalo

A segunda parte trouxe um Sp. Braga mais consciente do tipo de jogo dos “wolves” e a equipa regressou mais intensa e ligada ao jogo. Por contraste, a equipa inglesa, conformada e confortável com o resultado, foi perdendo vários lances divididos - sintoma da falta de energia - e permitindo ao Sp. Braga várias saídas em superioridade. E o golo chegou com naturalidade.

Paulinho reduziu aos 65’, finalizando ao segundo poste uma boa jogada de Galeno. Entretanto, na Turquia, o Besiktas marcava ao Slovan Bratislava, algo que apuraria os minhotos, mesmo em caso de derrota.

Sá Pinto festejou a notícia, cerrando o punho, mas nem teve muito por que se preocupar: Fransérgio fez o 3-3, aos 79’, de cabeça, com cruzamento de Sequeira, e o Sp. Braga jogou cerca de 13 minutos com ampla tranquilidade. Aqui, sim, pode ter-se sentido o pacto de não-agressão entre as duas equipas.

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