Canadá vai disputar a sua primeira final da Taça Davis

Dupla constituída por Vasek Pospisil e Denis Shapovalov já eliminou a Itália, os EUA, a Austrália e a Rússia.

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LUSA/Juanjo Martin

106 anos depois da sua estreia na Taça Davis, o Canadá está pela primeira vez na final. Denis Shapovalov e Vasek Pospisil têm carregado sozinhos a bandeira canadiana durante toda a semana em Madrid e, juntos, conseguiram ultrapassar a Rússia, num encontro de pares decidido ao sprint, com dois pontos a separar as duas selecções no tie-break decisivo.

“Foi um encontro incrível, depois de tudo o que fizemos nos últimos cinco dias para chegar aqui. Chegar à final, pela primeira vez na história para o Canadá e desta forma, foi muito especial”, admitiu Pospisil, após vencer, ao lado de Shapovalov, os russos Karen Khachanov e Andrey Rublev, por 6-3, 3-6 e 7-6 (7/5), depois de recuperar de 0/3 no tie-break.

Embora figure no 150.º lugar do ranking mundial de singulares, Pospisil é um bom jogador de pares, tendo inclusive já vencido um título do Grand Slam, em 2014, no Torneio de Wimbledon, ao lado do norte-americano Jack Sock.

Nos singulares, o canadiano de 29 anos ainda não tinha perdido um set até ser derrotado por Rublev, com um duplo 6-4. Mas o compatriota Shapovalov, de 20 anos, somou a terceira vitória individual nestas Davis Cup Finals, ao superar Khachanov, por 6-4, 4-6 e 6-4. Mesmo com o experiente Milos Raonic e o jovem Félix Auger-Aliassime lesionados, a dupla canadiana já eliminou a Itália, EUA, Austrália e Rússia.

A outra equipa finalista saiu do embate entre Espanha e Grã-Bretanha, que teve de ser decidido no encontro de pares, já pela noite dentro. Apesar de jogar em casa, a organização não conseguiu esgotar a lotação da Caja Mágica, nem mesmo com a ajuda da federação britânica (LTA), que ofereceu 900 bilhetes aos compatriotas que quisessem ir apoiar a selecção nas meias-finais, para tentar reduzir a diferença de apoio nas bancadas. A oferta/apelo foi satisfeita e a deslocação valeu, pelo menos pela emoção, pois foi mais um duelo decidido no terceiro e último encontro.

O capitão Sergi Bruguera surpreendeu ao anunciar, cinco minutos antes, o nome de Feliciano López para o primeiro singular, alegando uma lesão de Pablo Carreño Busta, inicialmente previsto - e também em detrimento de Roberto Bautista Agut, de regresso à Caja Mágica após o falecimento do pai. No entanto, a surpresa não fez efeito em Kyle Edmund, que venceu López, por 6-3, 7-6 (7/3). De seguida, Rafael Nadal puxou pelos galões de número um mundial e dominou Dan Evans, por 6-4, 6-0.

Para o par, Bruguera voltou a surpreender e escolheu Feliciano López para acompanhar Nadal, enquanto os britânicos mantiveram a dupla habitual, formada por Neal Skupski e Jamie Murray - irmão de Andy, que se manteve no banco.

No Maia Open, João Domingues (192.º) não conseguiu terminar a época com mais uma final, ao ser eliminado pelo francês Constant Lestienne (242.º), ao fim de 2h18m: 1-6, 7-6 (7/5) e 6-2. Mas ao obter o melhor resultado desde Maio, Domingues deverá subir, na próxima semana, ao 175.º lugar do ranking mundial.

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