O homem para quem a cantiga foi mesmo uma arma

José Mário Branco não era apenas um cantor e compositor com ideais de esquerda. Foi um militante político, que participou empenhadamente em diversas organizações, do PCP e da UDP ao BE, mas que, tanto no exílio parisiense como no Portugal democrático, esteve sempre disponível para as lutas genuinamente populares e nunca caiu no sectarismo.

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Os anos de formação de José Mário Branco coincidem com um período em que a juventude portuguesa mais inconformada com o regime se politizava depressa. José Mário Branco tinha 16 anos quando Humberto Delgado desafiou Salazar e a campanha eleitoral de 1958 terá sido o cenário do seu primeiro envolvimento político, quando era ainda um católico convicto. Em 1961 já era militante clandestino do PCP, em Abril do ano seguinte é preso – tem então 19 anos –, e em 1963 recusa participar na guerra colonial e exila-se em França, de onde só regressará após o 25 de Abril de 1974. 

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Os anos de formação de José Mário Branco coincidem com um período em que a juventude portuguesa mais inconformada com o regime se politizava depressa. José Mário Branco tinha 16 anos quando Humberto Delgado desafiou Salazar e a campanha eleitoral de 1958 terá sido o cenário do seu primeiro envolvimento político, quando era ainda um católico convicto. Em 1961 já era militante clandestino do PCP, em Abril do ano seguinte é preso – tem então 19 anos –, e em 1963 recusa participar na guerra colonial e exila-se em França, de onde só regressará após o 25 de Abril de 1974.