Triunfo por seis golos deixa Portugal a três pontos do Euro 2020

Cristiano Ronaldo, Pizzi, Bernardo Silva e Gonçalo Paciência foram os autores dos golos portugueses. Selecção nacional fica a uma vitória do apuramento directo para o Euro 2020.

Cristiano Ronaldo
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Cristiano Ronaldo Reuters/PEDRO NUNES
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Bernardo Silva durante o jogo,Bernardo Silva durante o jogo LUSA/MIGUEL A. LOPES,LUSA/MIGUEL A. LOPES
Gonçalo Paciência marcou um golo
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Gonçalo Paciência marcou um golo Reuters/PEDRO NUNES
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Cristiano Ronaldo durante o jogo LUSA/MIGUEL A. LOPES
Pizzi marcou um dos golos da noite
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Pizzi marcou um dos golos da noite Reuters/PEDRO NUNES
,Liverpool FC
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Cristiano Ronaldo festeja um dos seus golos LUSA/MIGUEL A. LOPES

Tal como prometera Fernando Santos, Portugal não vacilou e está a um pequeno passo de confirmar a qualificação directa para a fase final do Euro 2020 e de poder defender a coroa de campeão europeu. Para manter a palavra, o seleccionador nacional terá que superar no domingo, depois do almoço (14h), no Luxemburgo, o último obstáculo... O que, a julgar pelo fulgor de Ronaldo e companhia, nesta quinta-feira, frente à Lituânia, goleada por 6-0, deixa poucas possibilidades à Sérvia de evitar o play-off.

No Algarve, mesmo sem casa cheia, Cristiano Ronaldo voltou a ditar leis. É verdade que não repetiu a façanha de Vílnius (póquer), ficando-se pelo “hat-trick”... Embora muito por culpa própria, pois ficou a dever a si mesmo mais um par de golos, exactamente os que faltam para a centena ao serviço da selecção das quinas.

Fernando Santos também terá tido influência neste desfecho, tirando o capitão de campo sete minutos antes dos 90’. Na verdade, depois de algumas sondagens ao jogador da Juventus — que ainda teve tempo para uma selfie com um adepto em pleno relvado — Fernando Santos decidiu-se pela substituição que Cristiano foi tentando adiar, sempre na esperança de repetir o póquer da Lituânia. Mas com uma viagem marcada para a final do Luxemburgo, Ronaldo conformou-se, assistindo no banco aos instantes finais de um jogo sob o signo do sete.

É verdade que faltou um golo para a analogia ser perfeita. Mero pormenor já que Portugal repetiu o início do jogo em Vílnius, com Ronaldo a provocar e a marcar o penálti aos 7 minutos.

Era o prelúdio de novo recital, independentemente do nome, classificação (último do grupo, com um ponto) ou ranking (132.º) FIFA de um adversário que conseguiu somar dois remates: um interceptado e outro para fora.

Portugal saía na frente, mas a secreta esperança de fechar, já no Algarve, as contas da qualificação — caso a Sérvia escorregasse ante o Luxemburgo —, desvanecia-se com pronta resposta de Mitrovic, em Belgrado, apesar da réplica luxemburguesa.

De volta ao Algarve, e perante os inúmeros condicionalismos — lesões de Pepe, William Carvalho, João Mário, André Gomes, Gonçalo Guedes e João Félix — Fernando Santos operou sete alterações num “onze” com apenas três campeões da Europa, surpreendendo com Mário Rui na esquerda, Pizzi no meio e Gonçalo Paciência na frente.

O “bombardeiro alemão” do Eintracht Frankfurt foi mesmo o escolhido para formar dupla com Ronaldo e depois de alguns esboços, os golos surgiram com a naturalidade desejada.

Enquanto Rúben Neves salvaguardava um eventual atrevimento lituano, o seleccionador confiou a Bernardo Silva a tarefa de desmantelar o bloco adversário, autorizando o jogador do “City” a deambular por todo o ataque. Liberdade garantida pelos equilíbrios providenciados por Bruno Fernandes e Pizzi, mais sóbrios nas acções junto à área, com o “leão” a deixar os tiros de meia-distância para Rúben Neves, enquanto a “águia” privilegiou os passes de ruptura até ele próprio se impacientar.

Com maior largura de banda e sem um relvado sintético a atrapalhar, Ricardo Pereira e Mário Rui asfixiavam a presa. A Cristiano ficava reservado o papel verdadeiramente demolidor, mas mais circunscrito à área, sem precisar de procurar os flancos.

Já na segunda parte, Pizzi, Gonçalo Paciência e Bernardo Silva conferiram ao triunfo óbvio de Portugal a dimensão de goleada, completa com mais um remate certeiro de Cristiano Ronaldo, que ficou a 11 golos do recordista iraniano Ali Daei. Portugal parou na meia-dúzia, mas podia ter ido muito mais além

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