Jovens activistas do clima convidam Greta Thunberg a vir a Portugal

Grupo português pede ajuda a Greta Thunberg para alertar os políticos portugueses sobre o risco ambiental de construir um aeroporto no Montijo, e outros problemas nacionais causados pela poluição e o aquecimento global.

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Os jovens portugueses que participam no movimento Greve Climática Estudantil querem a activista adolescente Greta Thunberg em Portugal e enviaram uma carta aberta a convidá-la. Parte do objectivo é ajudar o grupo a alertar os políticos portugueses sobre o perigo de decisões como a construção de um novo aeroporto no Montijo e o desaparecimento de árvores no sul do país devido às mudanças climáticas.

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Os jovens portugueses que participam no movimento Greve Climática Estudantil querem a activista adolescente Greta Thunberg em Portugal e enviaram uma carta aberta a convidá-la. Parte do objectivo é ajudar o grupo a alertar os políticos portugueses sobre o perigo de decisões como a construção de um novo aeroporto no Montijo e o desaparecimento de árvores no sul do país devido às mudanças climáticas.

Como Thunberg vai estar em Madrid entre 2 e 13 de Dezembro para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP25), a ideia é que a jovem faça um desvio por Portugal alguns dias antes.

Tal como os congéneres internacionais, o grupo português foi inspirado pelas acções da jovem sueca que em Agosto de 2018, com apenas 15 anos, faltou às aulas durante três semanas seguidas para segurar frente ao parlamento sueco um cartaz com as palavras de ordem “School Strike for Climate” [Greve à escola pelo clima] durante as eleições gerais do país. O objectivo era alertar sobre a urgência de pensar no futuro do planeta e pressionar economias mundiais a investir mais em energias não poluentes. Primeiro, estava sozinha. Mas outros – milhares mais – foram-se juntando à causa em todo o mundo. Depois das eleições, Greta reduziu o protesto a um dia semanal: um fenómeno que se expandiu a centenas de países, incluindo Portugal, com as Fridays For the Future (sextas pelo futuro). Mesmo com críticas de detractores que acreditam que a jovem sueca devia estar na escola e não a fazer política.

“A vinda da activista, fundadora das greves estudantis pelo clima e do movimento Fridays for Future [Sextas pelo clima], iria, esperamos nós, trazer ao panorama político nacional uma nova atenção aos gravíssimos problemas ambientais”, lê-se num comunicado do grupo Greve Climática Estudantil que foi enviado à comunicação social. Os estudantes recomendam os interessados na vinda de Greta a usar a hashtag #MakePortugalGreta (um trocadilho com o nome da activista e a expressão inglesa “faz Portugal fantástico”) nas redes sociais.

Numa carta aberta dirigida a Thunberg, o grupo explica a Greta que a sua vinda “seria uma oportunidade de dar mais visibilidade aos problemas ambientais mais urgentes em Portugal.” Entre os exemplos referidos, está o impacto ambiental do futuro construção do aeroporto do Montijo numa altura em que vários cientistas portugueses alertam que em 2050, as emissões associadas a essa estrutura serão já 10% do total nacional (um milhão de toneladas de CO2).

Actualmente, o foco de Greta Thunberg é descobrir como chegar dos EUA (até onde foi para conferência da ONU sobre o clima em Agosto) até Madrid. No Twitter, Greta diz que atravessou “metade do mundo na direcção errada”. Inicialmente a COP25 tinha a cidade de Santiago, no Chile, como ponto de encontro mas o Presidente Sebástian Pinera cancelou o evento devido aos protestos recentes na região.

Como Thunberg não quer atravessar o oceano Atlântico de avião para não contribuir com as emissões de gases poluentes, está à procura de uma forma alternativa (por exemplo, uma boleia de barco) para chegar ao continente europeu. Para chegar aos EUA, a jovem viajou 14 dias num veleiro ecológico alimentado a energia solar (tendo sido criticada, mais tarde, porque dois tripulantes apanharam um avião para trazer o iate de volta à Europa). Desde então Greta tem utilizado comboios e um carro eléctrico emprestado pelo actor e político Arnold Schwarzenegger.