Planetas, planetas anões e satélites

Alguns planetas estão a passar a planetas anões, caso do CDS, e pode ser que alguns dos actuais anões passem uns a cometas e outros subam de categoria para planetas propriamente ditos. Esta legislatura vai ser decisiva para a sorte dos pequenos partidos.

Vários micropartidos chegaram à Assembleia. Não é tão novidade quanto se diz, mas revelam tendências de voto que são relevantes para a análise eleitoral, tanto mais que acompanham o encolhimento dos grandes partidos PS e PSD, que no seu conjunto estão a ficar longe do peso eleitoral que, em percentagem, tinham no passado, e acentuam o papel da ideologia nas escolhas, diminuindo o chamado “voto útil”. Todos os partidos de poder, o PS, o PSD e o CDS, e mesmo o BE e o PCP sofreram essas consequências. Mas convém lembrar que não é assim tão difícil eleger um deputado, desde que o voto esteja muito concentrado, por exemplo em Lisboa. Veja-se o caso muito esquecido do PSN de Manuel Sérgio. Isto acentua o enorme falhanço da Aliança que, nesta ecologia eleitoral, tinha, à partida, algumas vantagens e perdeu tudo à chegada. O Chega é outra coisa, falaremos disso depois.

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