A retoma do Sporting vai-se fazendo aos poucos

Os “leões” estiveram sempre na frente do marcador e acabaram por derrotar o V. Guimarães em Alvalade. Quatro triunfos em cinco jogos para Silas e primeiro golo de Jesé Rodríguez.

Os jogadores do Sporting festejam um dos seus golos
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Os jogadores do Sporting festejam um dos seus golos LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Coates LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Leo Bonatini LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Bruno Fernandes e Miguel Silva LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Momento o jogo entre o Sporting e o V. Guimarães LUSA/MIGUEL A. LOPES

Plantel desequilibrado, planeamento desportivo deficiente, três treinadores diferentes, conflito aberto da direcção com as claques. Este tem sido o Sporting versão 2019-20, em que cada brisa parece um furacão, em que cada fósforo aceso provoca um incêndio. O melhor antídoto para isto são as vitórias e, neste domingo, os “leões” conseguiram mais uma, por 3-1, em Alvalade, frente ao Vitória de Guimarães. E foi um triunfo com alguns sinais que só podem ser encarados como animadores: o Sporting igualou a melhor série vitoriosa da época (dois jogos), igualou o melhor resultado da época (igual ao triunfo sobre o Portimonense), houve um reforço que se estreou a marcar (Jesé) e até Coates voltou a marcar na baliza certa.

Já são cinco os jogos com Jorge Silas no comando e quatro vitórias, o que, tendo em conta um passado recente, até é um registo bastante razoável, sendo que a derrota sofrida aconteceu na Taça frente a uma equipa de terceiro escalão. E a verdade é que Silas já conseguiu fazer mais do que os seus dois antecessores juntos em dez partidas — Keizer e Pontes, em nove partidas, só tiveram duas vitórias. Não foi uma vitória fulgurante, e os “leões” ainda tremem muito à primeira contrariedade, mas chegou para subir ao quarto lugar do campeonato.

Este V. Guimarães não seria, à partida, um adversário fácil. Ivo Vieira, o seu treinador, tinha declarado ambição em vencer, a mesma ambição que tinha demonstrado poucos dias antes no Emirates, onde esteve bem perto de derrotar o Arsenal, na Liga Europa. E tinha poder de fogo no seu ataque para fazer estragos — Davison, Edwards, Bonatini. E sabe-se bem como o Sporting está pouco afinado a defender — apenas duas vezes não sofreu golos esta época.

Depois de um período inicial em que trocaram jogadas perigosas, Sporting e Vitória estabilizaram num jogo entediante. Depois, quase do nada, veio o primeiro golo do jogo. Aos 29’, o Sporting conseguiu ganhar uma bola à entrada da sua área e Vietto lançou Jesé Rodriguez em velocidade. O espanhol foi até à área, tirou o guarda-redes Miguel Silva do caminho e fez o seu primeiro golo desde que chegou, no final de Agosto.

Os “leões” rapidamente construíram sobre esta vantagem e, aos 33’, um disparate de Frederico Venâncio perto da sua área deixou a bola ao alcance de Vietto, que a colocou em Acuña — o argentino foi quase junto à linha, fingiu que ia cruzar e enganou o guarda-redes, atirando para o 2-0.

Na segunda parte, o Vitória tentou regressar ao jogo e conseguiu-o aos 67’, com Leo Bonatini a fazer o 2-1, aproveitando da melhor forma a passividade defensiva dos “leões”, e durante alguns minutos, o empate pareceu um desfecho inevitável para o jogo. Mas, aos 74’, um livre de Acuña meteu a bola na área, Coates cabeceou, Miguel Silva defendeu largou e o uruguaio teve uma recarga vitoriosa, ele que já tinha mais autogolos (dois) e penáltis cometidos (três) do que golos na baliza do adversário.

Antes de conseguir a sua quarta vitória em cinco jogos, Silas ainda promoveu a estreia de um rapaz da formação, um jovem médio de 18 anos chamado Rodrigo Fernandes. Mais um pequeno sinal de retoma.

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