Benfica vence à justa em Tondela

Defesas de Vlachodimos e golo solitário de Ferro, nos primeiros 20 minutos, decidiram partida que deixou os “encarnados”, provisoriamente, na liderança do campeonato.

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Momento do jogo entre o Tondela e o Benfica LUSA/PAULO NOVAIS
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Momento do jogo entre o Tondela e o Benfica LUSA/PAULO NOVAIS
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Os festejos do golo do Benfica em Tondela LUSA/PAULO NOVAIS
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Jogada em que o Tondela forçou Vlachodimos a defesa apertada LUSA/PAULO NOVAIS
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Momento do jogo entre o Tondela e o Benfica LUSA/PAULO NOVAIS

O Benfica venceu neste domingo em Tondela, por 0-1, em jogo da oitava jornada da I Liga, chegando ao topo do campeonato, embora com os mesmos pontos do FC Porto, que derrotou o Famalicão esta tarde, no Dragão, por 3-0.

Sem Rafa e Raul De Tomás, o Benfica entrou decidido, empenhado em desbloquear o jogo, sobressaindo as primeiras acções de Pizzi (2’) e André Almeida (7’), a testarem a linha de cinco defesas — com três centrais — do adversário.

Sem se deixar intimidar, confundindo até o adversário, o Tondela respondeu usando de força desproporcional... que só não se revelou letal porque Vlachodimos, no intervalo de um minuto, salvou por duas vezes a pele de um Benfica surpreendido pela precisão do trio destacado por Natxo González para as operações-relâmpago.

Na primeira iniciativa, Xavier descobriu Murillo no flanco oposto e o venezuelano ofereceu o golo a Denilson Jr., que, sem oposição,  rematou de zona frontal, dando apenas tempo ao guarda-redes alemão para desviar com o pé. Os reflexos de Vlachodimos seriam logo a seguir postos à prova por Xavier, servido por Denilson, num remate colocado a obrigar o guardião do Benfica a voar para evitar uma entrada em falso.

A equipa de Bruno Lage, que voltou a contar com André Almeida, Pizzi e Taarabt, estreando Cervi no campeonato, levou o aviso do Tondela a peito e, à falta de soluções para contrariar a exiguidade de espaços no último terço do campo, aproveitou uma falha de marcação de Murillo para fazer a diferença em lance de bola parada, com o central Ferro a lançar as bases da vitória encarnada após canto de Grimaldo.

O Tondela poderia ter acusado o golpe e quebrado, desmoralizando perante a adversidade. Mas Denilson Jr. esteve na iminência de anular a vantagem “encarnada”, cabeceando por cima da barra. Mas, mais importante, vincando a integridade da equipa, que continuou disposta a criar problemas ao Benfica.

Porém, independentemente das boas intenções, o paradigma tinha sido alterado, esvaziando a lógica da teia de três centrais, até porque a vantagem conquistada antes do vigésimo minuto deixava o Benfica mais à vontade para marcar e gerir o ritmo, mantendo a posse de bola sem arriscar expor-se demasiado e sem ter de preocupar-se com a marcha dos ponteiros do relógio.

Contudo, essa posição mais especulativa, a par da falência de um dos pilares da estratégia do Tondela, provocou uma atitude mais arrojada dos locais, forçando erros prontamente aproveitados para lançar Murillo, Xavier e Denilson. Num desses erros, Florentino varreu Murillo escapando a uma expulsão que o VAR não descortinou, ainda que o lance tivesse sido precedido de uma falta (não assinalada) de Bruno Wilson sobre Grimaldo.

O jogo prosseguiu morno, acabando por esgotar qualquer réstia de emoção com o recolher às cabines. No regresso, cedo se percebeu que o golo de Ferro acabaria por assumir papel decisivo na terceira vitória consecutiva das “águias”, numa tarde marcada pelo regresso de Chiquinho à competição.

Já sem a mesma disponibilidade física, o Tondela ainda abdicou do terceiro central, mas foi recolhendo as garras, com o Benfica a resolver as cada vez mais tímidas investidas dos locais, que apenas mantiveram o inconformismo, mas não foram capazes de traduzir em remates. 

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