Nova Zelândia e Inglaterra jogam final antecipada

Neozelandeses e ingleses confirmaram o favoritismo contra a Irlanda e a Austrália, respectivamente, e defrontam-se no próximo sábado na meia-final do Mundial de râguebi.

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LUSA/FRANCK ROBICHON

São para muitos as duas melhores selecções de râguebi da actualidade, estão a confirmá-lo no Japão, mas apenas uma estará na final do Campeonato do Mundo de râguebi. Nova Zelândia e Inglaterra confirmaram o favoritismo nos dois primeiros jogos dos quartos-de-final do Mundial 2019 e vão defrontar-se no próximo sábado, na primeira meia-final da prova. Com um jogo inteligente, os ingleses venceram a Austrália por expressivos 40-16, enquanto os All Blacks atropelaram a Irlanda: 46-14.

As duas primeiras partidas dos quartos-de-final do Japão 2019 eram dois duelos entre a Europa e a Oceânia que resultaram em jogos bem diferentes, mas com clara superioridade dos teoricamente mais fortes.

Em Oita, cidade localizada no extremo sudoeste do Japão, Inglaterra e Austrália reeditavam a final do Mundial 2003, o único conquistado por europeus, e os Wallabies até começaram melhor. Com o domínio territorial, os australianos conseguiram traduzir o ascendente nos primeiros minutos na conquista de três pontos: penalidade de Christian Lealiifano.

Porém, o domínio da Austrália era mais consentido do que imposto. Com o habitual râguebi cerebral, os ingleses deixaram o rival ganhar avançar e num ápice deram o primeiro golpe nos Wallabies: em três minutos, o ponta inglês Jonny May fez os dois primeiros ensaios em Oita.

Até ao intervalo, Lealiifano ainda conseguiu converter mais duas penalidades para a Austrália, mas três pontos de Owen Farrelll colocavam a Inglaterra com oito confortáveis pontos de vantagem (17-9).

O início da segunda parte parecia trazer problemas para os ingleses com um bom ensaio do ponta australiano Marika Koroibete logo no terceiro minuto, mas a Inglaterra teve muito pouco tempo com apenas com um ponto de vantagem. Quase de imediato, o pilar Kyle Sinckler fez o terceiro toque de meta inglês e a resistência dos Wallabies acabou aí.

Novamente com oito pontos de vantagem (24-16), os britânicos ganharam confiança e não voltaram a ter problemas: com três penalidades de Farrelll e um ensaio de Anthony Watson, selaram o apuramento com um robusto 40-16. Pela terceira vez, a Austrália não estará presente nas meias-finais de um Mundial.

O outro duelo entre Europa e Oceânia terminou com números similares, mas a história foi diferente. Ao contrário da Inglaterra, que jogou com calculismo, a Nova Zelândia arrumou com a Irlanda em poucos minutos.

No melhor jogo dos All Blacks até ao momento no Mundial 2019, os neozelandeses já venciam a meio da primeira parte por 17-0 (dois ensaios do formação Aaron Smith) e aumentaram a diferença antes do intervalo, com mais um toque de meta (Beauden Barrett).

A perder por 22-0, as hipóteses de a Irlanda garantir pela primeira vez um lugar nos quatro primeiros era uma missão impossível e os erros não forçados por parte dos irlandeses foram aumentando.

A jogar com confiança, a Nova Zelândia aproveitou para colocar a diferença em 34-0 a meio da segunda parte, mas nos últimos minutos o brio irlandês ainda permitiu uma pequena reacção, mas não evitou um triunfo dos All Blacks por números inesperados: 46-14.

Para este domingo, estão marcados os outros dois jogos dos quartos-de-final: País de Gales-França (8h15) e Japão-África do Sul (11h15).

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