Aumentou o número de mortos nas praias. Um terço são estrangeiros

As praias não vigiadas ou as zonas não concessionadas foram as que registaram o maior número de vítimas mortais: oito no total.

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As praias vigiadas registam menos acidentes mortais Miguel Manso

Das dezanove pessoas que morreram nas praias portuguesas, na época balnear de 2019, seis não eram de nacionalidade portuguesa. As praias não vigiadas ou as zonas balneares não concessionadas são as que registaram maior número de vítimas mortais, oito no total.

Os dados da Autoridade Marítima Nacional (AMN), divulgados esta quarta-feira, indicam que este ano houve mais mortos do que em 2018. Tinham sido 11 naquele ano e agora foram 19. Curiosamente, a percentagem de estrangeiros que perderam a vida no mar ou nos rios portugueses foi maior no ano passado – cinco, quase metade do total de vítimas mortais, embora em termos absolutos este ano tenham morrido mais pessoas.

Nas praias marítimas vigiadas, das três pessoas que perderam a vida, uma, homem de 71 anos, era de nacionalidade alemã e a causa de morte apresentada, como para as outras duas vítimas portuguesas, é “doença súbita”. Razão que se repete por sete dos 19 casos registados. Todos os outros estão identificados como afogamentos.

Os estrangeiros parecem ter arriscado menos nas praias não vigiadas ou em zonas não concessionadas, pelo que os locais onde ocorreu o maior número de mortes durante este ano (oito) registam sobretudo vítimas portuguesas. Há a indicação da morte de uma irlandesa, de 52 anos, se ter afogado na praia da Fonte da Telha, em Lisboa. As restantes vítimas destes locais (três das quais por doença súbita) são portuguesas.

Os restantes óbitos registados pelas autoridades ocorreram em praias marítimas fora do período de vigilância (cinco, dos quais apenas um foi de um português, sendo as outras vítimas um moldavo, um russo e um homem e uma mulher ingleses) ou em outras zonas marítimas não vigiadas, os únicos espaços onde as três vítimas registadas são de nacionalidade portuguesa.

Não há qualquer menor entre as vítimas mortais, ao contrário do ano passado, quando morreu um jovem de 16 anos numa zona marítima não vigiada.

Os dados da AMN indicam ainda que no período avaliado, entre 1 de Maio e 15 de Outubro deste ano, foram realizados 502 salvamentos e 786 acções de primeiros socorros. No ano passado tinham ocorrido 322 salvamentos e 969 acções de primeiros socorros, além de 37 buscas a crianças desaparecidas.

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