Rússia não desperdiçou o “match-point” e já está no Euro 2020

Noutro grupo, a Holanda não teve dificuldades para sair vitoriosa da Bielorrússia. Frente a uma equipa que não ganha em casa há mais de um ano e que ainda não marcou no seu estádio nesta qualificação, os holandeses já contariam com réplica modesta e foi o que tiveram.

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Ozdoev fez o segundo golo russo num lance irregular. LUSA/KATIA CHRISTODOULOU

O grupo I da fase de qualificação para o Euro 2020 continua a mostrar que é uma mera formalidade. Nenhum outro evidencia tal desequilíbrio e, neste domingo, a Rússia juntou-se à Bélgica e à Itália como equipas já apuradas para o Campeonato da Europa - no grupo I, já há 11 pontos de diferença entre o segundo e terceiro classificados.

Depois do triunfo dos belgas frente ao Cazaquistão, por 0-2, os russos só precisavam de um empate em Chipre para estarem no Euro 2020. A equipa russa venceu por 0-5, num jogo cujas dificuldades se esfumaram com relativa rapidez. Ainda antes dos dez minutos, Cheryshev recuperou uma bola em zona adiantada, correu, correu, correu e finalizou de pé esquerdo, com um remate forte. Aos 23’, os cipriotas voltaram a perder uma bola em zona proibida e “ofereceram” novo golo à Rússia, desta vez com Ozdoev a finalizar uma jogada de Ionov pela direita. Ionov iniciou a jogada em posição de fora-de-jogo, mas, sem VAR nesta qualificação, o Chipre pouco mais pôde fazer do que aceitar o golo irregular.

Pouco depois houve expulsão de Lakis, num lance curioso: o cipriota entrou de forma grosseira sobre um adversário, mas o árbitro tinha, inicialmente, o cartão amarelo na mão. Depois de alguma confusão, de ver o estado da perna do jogador russo e, possivelmente, de receber indicações dos árbitros assistentes, o árbitro acabou por optar pelo cartão vermelho, para desespero de Lakis. Com a saída de Lakis, o Chipre chamou ao jogo Renato Margaça, português naturalizado cipriota.

Na segunda parte, o jogo ainda trouxe os golos de Dzyuba, aos 80’, de Golovin, aos 89’, e o bis de Cheryshev, aos 90+2’. 0-5 e presença garantida no Europeu.

Noutro grupo, a Holanda não teve dificuldades para sair vitoriosa da Bielorrússia. Frente a uma equipa que não ganha em casa há mais de um ano e que ainda não marcou em casa nesta qualificação, os holandeses já contariam com réplica modesta e foi o que tiveram.

Os bielorrussos defenderam com grande parte da equipa dentro da própria área e os holandeses jogaram como quiseram, com passes e combinações curtas em torno da área. O jogo foi desbloqueado aos 32’, com um cruzamento de Promes a sair perfeito para o cabeceamento de Gini Wijnaldum.

Oito minutos depois, o médio do Liverpool fez o quinto golo em seis jogos, interpretando o que o jogo já pedia: se a Bielorrússia defendia dentro da própria área, dificultando remates perto da baliza, restava aos holandeses “dispararem” de meia-distância. Grande remate de Wijnaldum e Holanda confortável ao intervalo.

O conforto acabou por ser inimigo da equipa de Ronald Koeman, já que, aos 55 minutos, houve facilitismo na defesa holandesa, deixando os bielorrussos em situação de três contra dois na área. Virgil van Dijk, com dois jogadores para marcar, acabou por não conseguir marcar nenhum deles e Dragun cabeceou para o 2-1. O restante jogo foi disputado em ritmo “morno” e a Holanda segurou a vantagem.

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