Medvedev, o “urso” russo não quer hibernar

Triunfo no Masters 1000 de Xangai garante subida ao terceiro lugar do ranking ATP.

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Reuters/ALY SONG

Foi no Verão do ano passado, quando se treinava para o torneio de Cincinnati, que a mulher de Daniil Medvedev teve uma premonição: “Vais entrar no top 10 em breve.” O tenista russo, então 63.º do ranking, ironizou, pois nesse treino perdeu um set, com Lucas Pouille, por 0-6. Desde então, Medvedev (nome russo derivado de ‘urso’) ganhou seis torneios e está a atravessar uma fase de invencibilidade: conquistou o quarto título da época e terceiro no espaço de dois meses, no Rolex Shanghai Masters, e garantiu a subida ao terceiro lugar do ranking.

“Alguma coisa no meu jogo fez ‘clique’, não sei porquê, talvez seja apenas todo o trabalho duro que tenho feito. Comecei a compreender melhor o meu jogo, talvez mais o meu serviço, o meu vólei, tudo. Nos momentos cruciais sei o que tenho de fazer e para onde jogar”, resumiu Medvedev, após a sua sexta final consecutiva, em que derrotou Alexander Zverev (6.º), por 6-4, 6-1. Uma série iniciada no início de Agosto e que o viu triunfar igualmente no Masters 1000 de Cincinnati e São Petersburgo e ser vice-campeão em Washington, Montreal e US Open.

Com excepção do Big Four (Djokovic, Nadal, Federer e Murray), apenas outros cinco tenistas tinham conseguido ganhar dois Masters 1000 consecutivos: Zverev (2017), David Nalbandian (2007), Marat Safin (2004), Andy Roddick (2003) e Andre Agassi (2001).

A nova questão a que Medvedev tem de responder é se pode chegar a líder do ranking. “O meu primeiro objectivo é ganhar cada encontro que faço e é assim que posso a vir a ser número um; ganhando muitos encontros consecutivamente como fiz. Vou tentar fazer grandes resultados como até aqui e se uma coisas dessas acontecer, será um grande bónus”, reconheceu o russo de 23 anos que, esta semana é o mais cotado no ATP 250 de Moscovo.

Em Linz, Cori Gauff voltou a fazer história ao tornar-se na mais jovem campeã de um evento do WTA Tour desde 2004. A norte-americana de 15 anos chegou à Áustria no 100.º posto, mas aproveitou a sorte de ter sido repescada, após perder na segunda ronda do qualifying, e culminou uma semana memorável vencendo, na final, a campeã de Roland Garros de 2017, Jelena Ostapenko (72.ª), por 6-3, 1-6 e 6-2. Esta semana, a mais jovem norte-americana a triunfar no WTA Tour desde Jennifer Capriati, em 1991, deverá surgir perto do 70.º lugar do ranking mundial

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