FC Porto aprende lição e impõe vontade férrea no teste de Vila do Conde

“Dragões” ganharam com um golo madrugador de Marega e continuam a um ponto do líder do campeonato.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

O FC Porto não desarma nos lugares de topo da tabela e somou, na 7.ª jornada da Liga, uma revigorante vitória em Vila do Conde (0-1), onde há um ano resvalou na luta pelo título. Marega marcou o golo solitário de uma noite em que os “azuis e brancos” voltaram a exibir nervos de aço, aguentando no fio da navalha uma vantagem demasiado curta atendendo à ambição revelada pelo Rio Ave na segunda parte, período em que fez tudo para evitar uma derrota confirmada pelo videoárbitro (VAR).

Carvalhal havia poupado unidades fundamentais no jogo de Alvalade, para a Taça da Liga, ciente da dimensão do desafio e de um opositor cerebral e frio. Depois da reprimenda pública em Portimão, Nakajima arrepiou caminho ao ponto de justificar, em Vila do Conde, a primeira chamada ao “onze” titular de Sérgio Conceição. De fora ficou o colombiano Luis Díaz, um dos destaques da equipa neste arranque de época. 

Na verdade, o efeito surpresa pretendido com a aposta no internacional japonês esfumou-se rapidamente. Desilusão amplamente compensada pelo “gigante” do ataque portista, com Marega a confirmar-se como o maior pesadelo do Rio Ave: o maliano voltou a facturar, somando o 12.º golo em dez confrontos com a formação de Vila do Conde. 

Marega ameaçou logo aos dois minutos, mas Kieszek desviou o remate com as costas, evitando o golo do avançado. Porém, o guardião polaco nada pôde fazer dez minutos depois, quando foi batido pela entrada de cabeça do maliano, a confirmar a autoridade dos “dragões” nos lances de bola parada. Alex Telles cobrou o canto, Danilo arrastou as marcações e Marega colocou o FC Porto na frente, feito que se repete há sete partidas consecutivas. 

Uma vantagem suficiente para colocar em sentido a equipa de Carvalhal, mesmo moralizada pela segunda vitória em Alvalade, ainda que a ameaça portista de chegar ao segundo golo começasse a perder força, permitindo que o Rio Ave se fosse insinuando no ataque. Bruno Moreira e Nuno Santos não estavam, contudo, inspirados, mas o FC Porto acusava a mensagem, que Carvalhal repetiu com a entrada do iraniano Mehdi Taremi para o lugar de Diego Lopes, para reacender a discussão na segunda metade. 

Como referência, o Rio Ave tinha o duelo da época anterior, quando recuperou de uma desvantagem de dois golos para impor um empate ao então ainda candidato, que à 31.ª jornada foi ultrapassado pelo Benfica. Ciente desse facto, e depois do susto de Portimão, Sérgio Conceição teve ainda que gerir uma lesão de Corona, antes de trocar Nakajima para consolidar o bloco defensivo, colocando Mbemba como tampão no apoio a Danilo e Uribe. Medida justificada pelo crescimento do Rio Ave, que viu o VAR anular um golo a Taremi, por fora-de-jogo milimétrico (63’). 

Zé Luís e Alex Telles iam abrilhantando a noite de Pavel Kieszek, com o guarda-redes polaco e a trave da baliza a aguentarem a diferença mínima e a alimentarem a esperança de chegar a um resultado positivo, que nunca chegou. 

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