Cristas pede aos eleitores que acordem e votem CDS contra a esquerda

“Nenhum voto do centro-direita pode ser desperdiçado”, defendeu a líder do CDS, em visita ao Mercado de Alvalade, em Lisboa. E respondeu às críticas de Pires de Lima e de Nobre Guedes.

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A líder do CDS apelou ao voto de centro para evitar a maioria de esquerda LUSA/RODRIGO ANTUNES

A líder do CDS, Assunção Cristas, dramatizou este sábado as consequências de uma maioria de esquerda saída das legislativas de 6 de Outubro e pediu aos eleitores do centro-direita que “acordem” e não desperdicem o voto no PS.

“É preciso que as pessoas despertem, que as pessoas acordem. Nenhum voto do centro-direita pode ser desperdiçado”, afirmou Assunção Cristas, a meio de uma acção de campanha no mercado de Alvalade, em Lisboa, onde explicou quais são, no seu entender, os problemas de um país “muito inclinado à esquerda”.

Para a líder centrista, “um país à esquerda, muito inclinado à esquerda não dá esperanças às pessoas” e significa um “Estado cada vez mais presente e cada vez mais a asfixiar” os portugueses com “impostos, burocracias e exigências”. Cristas contrariou a ideia de que um voto no PS, entre o eleitorado do centro e da direita, possa ser “um mal menor”.

Assunção Cristas admitiu que “alguns” desses eleitores “hesitam porque pensam que PS pode ser um mal menor” e advertiu que “não há vencedores antes das eleições” e que “está nas mãos dos eleitores de centro-direita alterarem” o que parece um cenário de que “a esquerda vai vencer”.

Resposta a críticos

Questionada sobre os alertas de dois ex-dirigentes do CDS, entre eles Nobre Guedes e António Pires de Lima, que defendeu, no Expresso deste sábado, que o partido deveria fazer pontes com o PS, Assunção Cristas respondeu em poucos segundos e com uma frase curta: “Esta estratégia foi definida em congresso e aprovada no congresso em 2018.”

Falando para o interior do partido, acrescentou que o “CDS está unido, tranquilo, animado e mobilizado para estas eleições”. Indirectamente, respondeu a Pires de Lima, afirmando que “seria muito estranho para uma democracia que não houvesse alternativa e contraste entre os partidos”.

Horas depois do debate de sexta-feira com António Costa, líder do PS e primeiro-ministro, na TVI, Cristas insistiu que foram evidentes as diferenças entre os dois projectos.

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