Precisamente oito anos depois, Portugal está de volta a um Europeu

Selecção nacional inicia nesta quinta-feira a participação no Campeonato da Europa de 2019. O primeiro adversário é a poderosa Itália.

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JOSÉ COELHO/LUSA

No dia 12 de Setembro de 2011, em Karlovy Vary, na República Checa, Portugal despediu-se do Campeonato da Europa de voleibol com uma derrota diante da Estónia (3-0). Desde então, não mais voltou a essas lides, depois de ter falhado o apuramento para o torneio em 2013, 2015 e 2017. Esse período de seca termina hoje, pelas 17h15, quando enfrentar, em Montpellier, a poderosa Itália. Um jogo que surge rigorosamente oito anos após a última presença numa fase final da competição.

Foi como primeiro classificado do grupo D, ainda no apuramento, que Portugal se qualificou para o Europeu que se divide por quatro países (à França, juntam-se a Holanda, a Bélgica e a Eslovénia) e que se assume, desde já, como o maior de sempre. São 24 selecções em competição, um acréscimo de oito face às últimas edições. Na prática, mantêm-se as quatro poules na primeira fase da prova, mas passam a contar com seis equipas cada uma.

Para chegar ao principal palco continental do voleibol, a selecção portuguesa superiorizou-se a Áustria, Albânia e Croácia na qualificação, vendo agora o nível de exigência subir abruptamente. A começar pelo adversário desta tarde. A Itália, uma da favoritas ao triunfo no grupo, ocupa o terceiro lugar no ranking mundial e conquistou o título europeu por seis vezes, a última das quais em 2005. Já neste ano, mediu forças com Portugal na Liga das Nações, prova na qual se destacou o distribuidor Simone Giannelli, e triunfou por 3-0.

Os italianos não são, porém, os únicos gigantes que a equipa portuguesa vai encontrar nesta fase. A França, mesmo privada do poderoso atacante Earvin Ngapeth e envolvida numa polémica recente com a federação, entrará em cena a apenas uma vitória das 100 em Campeonatos da Europa. Actual 9.ª classificada do ranking, conta no currículo com um título continental (2015).

Esse é um objectivo que a Bulgária, outro dos competidores na poule A, ainda persegue (já foi medalha de prata uma vez e de bronze quatro), mas o 14.º “membro” da hierarquia já derrotou a França em 2019 (3-2), tendo, por outro lado, perdido com a Itália (1-3) e com Portugal (1-3). Em Europeus, contudo, levou a melhor no único confronto com a congénere portuguesa (3-0, em 1951).

Nesta conjuntura, Portugal surgirá sempre como um outsider, vendo as probabilidades de sucesso aumentarem frente aos outros dois adversários do grupo, a Grécia e a Roménia. De resto, são quatro as selecções de cada poule que se qualificam para os oitavos-de-final, sendo já certo que a A cruzará com a D, o que significa que, no limite, em caso de apuramento, a equipa orientada por Hugo Silva poderá vir a medir forças com a Rússia, actual campeã europeia e detentora de 14 títulos. Mas até lá, ainda teremos muito voleibol pela frente.

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