Schwartzman continua a derrubar adversários

Elina Svitolina tornou-se na primeira ucraniana a atingir as meias-finais do Open dos EUA.

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Diego Schwartzman RAY ACEVEDO/Lusa

Diego Schwartzman tem mais em comum com Juan Martin del Potro do que apenas a nacionalidade e o facto de se darem bem nos hardcourts do Open dos EUA. No final de 2016, o argentino de 1,70m de altura contratou para preparador físico Martiniano Orazi, o mesmo que, há 10 anos, acompanhava Del Potro quando este conquistou o torneio norte-americano. E a excelente condição física é uma das razões para o sucesso de Schwartzman, que voltou a agigantar-se neste Open dos EUA para obter a maior vitória da sua carreira, sobre Alexander Zverev, número seis do ranking.

Após três horas de árduo trabalho, a sua imagem de marca no court, Schwartzman (21.º) derrubou o alemão de 1,98m, com os parciais de 3-6, 6-2, 6-4 e 6-3. Zverev, que contabiliza duas presenças nos quartos-de-final como melhores resultados em 18 torneios do Grand Slam, voltou a desiludir, cometendo muitos erros: 65, incluindo 17 duplas-faltas. E só conseguiu concretizar cinco dos 16 break-points de que dispôs. “Anulei muito bem uma oportunidade a 2-2 no segundo set. Depois disso, mudei um pouco o meu jogo e tentei ser agressivo e defender-me bem”, resumiu “Peque”, que encerrou o encontro com o 34.º winner.

Na segunda presença em três anos nos quartos do Open dos EUA, o argentino vai defrontar Rafael Nadal que cedeu pela primeira vez um set na prova, ao campeão de 2014, Marin Cilic (23.º): 6-3, 3-6, 6-1 e 6-2. Schwartzman foi apanhado de surpresa, pois tinha visto o match-point no ecrã gigante do Arthur Ashe Stadium que deu a vitória Matteo Berretini (43.º), sobre Andrey Rublev (25.º), por 6-1, 6-4 e 7-6 (8/6).

Berretini confirmou os recentes progressos e depois de não ter passado a ronda inicial da edição 2018, enquanto 57.º do ranking, regressou 12 meses mais tarde como 25.º e com uma estreia garantida nos quartos-de-final de um major – o primeiro italiano a ir tão longe no Open dos EUA em 42 anos. Por detrás está um trabalho com um “mental coach”, que lhe permitiu deixar de queixar-se e canalizar a energia para recuperar dos maus momentos. “A nossa filosofia nos últimos cinco anos é não ir atrás dos resultados. Estes só aparecem apenas com um determinado trabalho e umas determinadas paixões”, explicou o seu treinador Vincenzo Santopadre.

O próximo adversário de Berrettini é Gael Monfils (13.º) que obteve a vitória mais fácil neste Open dos EUA. O francês de 33 anos ultrapassou o italiano Pablo Andujar (70.º), seu contemporâneo nos tempos em dominava o circuito mundial júnior, em somente uma hora e 26 minutos: 6-1, 6-2 e 6-2.

No torneio feminino, a namorada de Monfils, Elina Svitolina, tornou-se na primeira ucraniana a atingir as meias-finais do Open dos EUA, ao derrotar Johanna Konta (16.ª), por 6-4, 6-4. A número cinco do ranking tem traduzido no court a felicidade que vive fora dele e ainda não perdeu qualquer set neste torneio. Nas meias-finais, Svitolina defronta a vencedora do duelo nocturno entre Serena Williams (8.ª) e Qiang Wang (18.ª)

Nos outros “quartos”, Elise Mertens (26.º) defronta Bianca Andreescu (15.º) e Belinda Bencic (12.º) enfrenta Donna Vekic (23.º).

Nos pares, João Sousa e Leonardo Mayer foram travados nos quartos-de-final pelos alemães Kevin Krawietz e Andreas Mies, cabeças de série n.º 12 e recém-campeões em Roland Garros, que venceram, por 7-6 (7/4), 6-4.

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