Vuelta: desta vez, Jakobsen levou a melhor sobre Bennett

Nicolas Roche manteve a liderança da geral após a quarta etapa da prova.

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LUSA/JAVIER LIZON

Ganhar uma etapa numa das Grandes Voltas do calendário velocipédico já não é para qualquer um, mas fazê-lo com as cores do país que se representa é um orgulho ainda maior. Foi isso que aconteceu nesta terça-feira com Fabio Jakobsen: o holandês da Deceuninck-Quick Step fez uso do seu potencial no sprint final, impôs-se por uma nesga a Sam Bennett (Bora-Hansgrohe) e triunfou na 4.ª tirada da Vuelta, em El Puig.

O equilíbrio sobre a linha de meta foi tão grande que a organização precisou de alguns minutos para decretar o vencedor. A forma como Jakobsen projectou a bicicleta para a frente, num último esforço, acabou por fazer a diferença, ainda que o holandês só bem mais tarde se tenha apercebido da vitória.

“É um sonho tornado realidade, especialmente com as cores do meu país [ganhou o campeonato da Holanda já neste ano]. Tenho uma grande equipa, que fez um grande trabalho e me deixou na posição perfeita, a 400 metros da meta”, regozijou-se o corredor de 22 anos.

Antes desse momento decisivo, houve uma etapa de 175,5 quilómetros a percorrer, desde Cullera até El Puig, na região de Valência, com uma subida de terceira categoria pelo meio. E os primeiros a tentarem descolar, num dia particularmente quente, foram Jelle Wallays (Lotto Soudal) e Jorge Cubero (Burgos-BH), que chegaram a ter uma vantagem acima dos sete minutos.

Depois da subida de Puerto del Oronet, Wallays deixou Cubero (que teve um problema mecânico) para trás e pedalou a solo até cerca de 20km do final, altura em que o pelotão conseguiu engolir a fuga. Foi então a vez de Remi Cavagna (Deceuninck-Quick Step) tomar a liderança para forçar a Team Sunweb à perseguição, juntando-se um grupo mais compacto para os metros finais.

Desta vez, ao contrário do que sucedera na véspera, o duelo entre Sam Bennett e Fabio Jakobsen sorriu ao holandês, que confessou ter utilizado a desilusão da 3.ª etapa para alimentar uma reacção mais forte.

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