Alberto Barbera: “O cinema português é excessivamente austero”

O director do Festival de Veneza recusa a “intimidação” do “politicamente correcto” e explica, em entrevista ao PÚBLICO, por que é que pela passadeira vermelha do Lido nâo têm passado filmes portugueses – enguiço que se quebra, na 76.ª edição que esta quarta-feira começa, com A Herdade, de Tiago Guedes.

Foto
Vittorio Zunino Celotto/Getty Images

Veneza, 76.ª edição, é dentro de momentos: esta quarta-feira, dia 28, The Truth, de Hirokazu Kore-eda, o primeiro filme do cineasta japonês rodado em inglês e em francês, com um “elenco de prestígio” (Catherine Deneuve, Juliette Binoche), abre o festival e a competição. À distância, é uma edição em que Veneza se mostra menos agressiva do que em anos anteriores face ao concorrente Cannes – além de ter perdido “acontecimentos” como O Irlandês, de Martin Scorsese, enfrenta as garras, este ano mais afiadas, de Toronto, aonde foram parar algumas estreias mundiais americanas que o Lido vinha fazendo suas. Mas estar entalado não é programa para Alberto Barbera: isso explica o pragmatismo recente do director artístico que em 2012 substituiu Marco Müller (depois de um primeiro mandato entre 1998 e 2002).

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Veneza, 76.ª edição, é dentro de momentos: esta quarta-feira, dia 28, The Truth, de Hirokazu Kore-eda, o primeiro filme do cineasta japonês rodado em inglês e em francês, com um “elenco de prestígio” (Catherine Deneuve, Juliette Binoche), abre o festival e a competição. À distância, é uma edição em que Veneza se mostra menos agressiva do que em anos anteriores face ao concorrente Cannes – além de ter perdido “acontecimentos” como O Irlandês, de Martin Scorsese, enfrenta as garras, este ano mais afiadas, de Toronto, aonde foram parar algumas estreias mundiais americanas que o Lido vinha fazendo suas. Mas estar entalado não é programa para Alberto Barbera: isso explica o pragmatismo recente do director artístico que em 2012 substituiu Marco Müller (depois de um primeiro mandato entre 1998 e 2002).