V. Guimarães sofreu, mas pode selar em casa a vaga na Liga Europa

Os minhotos poderiam ter saído da Roménia com um resultado bem pior, mas este desfecho deixa tudo em aberto para a segunda mão, em Portugal.

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Bruno Duarte e Planic em duelo na Roménia LUSA/BOGDAN CRISTEL

O Vitória de Guimarães poderia ter saído da Roménia com um resultado negativo, mas empatou a zero frente ao FCSB, nesta quinta-feira, em jogo da primeira mão do play-off da Liga Europa.

Desta forma, os minhotos jogarão a segunda mão, em Guimarães, sabendo que uma vantagem mínima pode servir, mas que um golo do FCSB em Portugal pode complicar – e muito – a possibilidade de o Vitória chegar à fase de grupos da Liga Europa.

Este jogo foi, no fundo, aquilo que o contexto “pedia”. Um estádio praticamente vazio – ouviam-se, até, as indicações dos treinadores –, bastante calor e um relvado em mau estado foram o tónico para uma partida parca em bom futebol.

Houve mais faltas e passes falhados do que lances de qualidade, mas deu, ainda assim, para perceber quem mais queria tirar algo deste jogo: o Vitória pareceu algo “adormecido” e sem agressividade com e sem bola, possivelmente confortável com um 0-0 que lhe permitiria resolver a eliminatória em Guimarães.

O FCSB, por outro lado, apesar de não ter um futebol atractivo, mostrou-se agressivo nas bolas divididas, apostando numa pressão alta à primeira fase de construção do Vitória - algo que provocou muitos erros minhotos e muitas bolas recuperadas em zonas adiantadas.

Tudo isto foi dando frutos e, numa primeira parte globalmente mal jogada, a equipa romena conseguiu três lances de perigo. O primeiro deu golo, aos três minutos, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. O segundo, aos 23 minutos, deu remate ao poste por parte de Coman, num lance em que ficou visível a passividade vitoriana, que deixou o jogador romeno – o mais talentoso do FCSB – rematar no centro da área. O terceiro lance não deu golo, mas bem poderia ter dado, caso a equipa de arbitragem não tivesse invalidado, erradamente, um lance por fora-de-jogo. E o Vitória poderia dar-se por satisfeito ao intervalo.

A segunda parte começou na mesma toada, com o Vitória a somar erros com bola em zona defensiva e o FCSB a somar aproximações à área vitoriana, mas sem arte e engenho para criar real perigo.

As alterações de Ivo Vieira permitiram ao Vitória ter mais qualidade na circulação, algo que, conjugado com o visível cansaço do FCSB, permitiu aos portugueses terem uns últimos 20 minutos mais tranquilos e de posse de bola quase permanente.

Em suma, os minhotos “puseram-se a jeito” e poderiam ter saído da Roménia com um resultado bem pior, mas este desfecho acaba por ser aquilo que o Vitória sempre quis que fosse. E isso, em última análise, é sinal de uma equipa cada vez mais “adulta”, que percebeu que este adversário está ao alcance dos portugueses.

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