Sporting sempre venceu, mas Sp. Braga foi mesmo guerreiro

“Leões” conseguiram vantagem fundamental ao intervalo, resistindo à tenaz reacção do rival, num jogo com muitas oportunidades e no qual os erros cometidos pelos minhotos pesaram.

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LUSA/TIAGO PETINGA

O Sporting consumou, finalmente, a primeira vitória oficial da nova temporada, reagindo com brio ao empate do Funchal e à saída do goleador Bas Dost. Os “leões” infligiram, de resto, a primeira derrota de 2019-20 a um Sp. Braga (2-1) que valorizou ainda mais o triunfo “verde e branco”, ao disfarçar com uma alma e coração inquebráveis o desgaste provocado pela pré-eliminatória da Liga Europa, frente ao Brondby. 

Os minhotos, porém, acabaram penalizados pelos equívocos cometidos logo no arranque. De um duplo erro defensivo do Sp. Braga, desajeitado a limpar um lance inofensivo na área de Matheus, resultou o golo “leonino”: Wendel foi mais expedito e antecipou-se a um Pablo desatento, surpreendido pela reacção rápida de Luiz Phellype, a recuperar um alívio incompleto de Fransérgio, após centro de Raphinha e a servir o compatriota de bandeja, perante a impotência de Bruno Viana e Matheus.

O Sporting justificava a vantagem, depois de Bruno Fernandes e Coates (que tentava repetir a façanha do jogo da Madeira) terem testado a coesão dos minhotos. 

Apesar desses 15 minutos iniciais de incontestável superioridade, o Sporting ver-se-ia remetido para o seu meio-campo defensivo e sujeito a uma pressão resultante da incredulidade e inconformismo da equipa de Sá Pinto. O Sp. Braga procurava reentrar na discussão do jogo e esteve mesmo muito perto de o conseguir, sobretudo na sequência de lances de bola parada. Nesse momento de maior introspecção “leonina”, valeram os reflexos do guarda-redes Renan Ribeiro, a segurar a vantagem enquanto Marcel Keizer assistia ao crescimento dos irmãos Horta e à maior concentração da dupla Claudemir e Fransérgio. 

Mas o Sp. Braga nada podia fazer para resistir perante o acumular de erros inexplicáveis, como a incompreensível perda de bola de Claudemir, infantilmente desarmado por Bruno Fernandes, que depois de um remate sustido por Matheus e de uma segunda tentativa de iludir o guardião brasileiro, conseguia mesmo marcar.

As equipas recolhiam aos balneários com Marcel Keizer numa posição de relativo conforto, já que um golo dos “arsenalistas” poderia levar o Sporting a questionar todas as convicções formadas na primeira parte. E a verdade é que num recomeço aberto, com as duas equipas a dividirem oportunidades e com Matheus a dar uma segunda oportunidade aos minhotos, os “guerreiros” acabaram por reduzir, por Wilson Eduardo. Ricardo Horta enviou a bola ao poste e o internacional angolano encarregou-se de bater Renan. 

Estava relançado o jogo, com Sá Pinto a arriscar tudo, obrigando Marcel Keizer a sofrer até ao apito final, que confirmou a vitória leonina.

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