Portugal tenta manter a coroa europeia nos sub-19

La Rojita” volta aos grandes palcos com a geração de 2000, campeã da Europa em 2017 e “vice” mundial em sub-17. Pela frente terá um “velho” conhecido, reinventado para defender o título ganho o ano pasado.

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A selecção portuguesa de sub-19 DR

Portugal reencontra na tarde deste sábado (17h), em Yerevan, a selecção de Espanha — único adversário que não conseguiu bater (1-1) durante a prova que decorre na Arménia. Será a terceira final consecutiva para os portugueses em Campeonatos da Europa de sub-19. A equipa orientada por Filipe Ramos tentará renovar a coroa conquistada há um ano, na Finlândia, pelo que é fundamental não repetir os desfechos de 2003, 2014 e 2017, edições em que a selecção nacional perdeu as três primeiras finais alcançadas desde que a prova passou a ter a denominação de sub-19 (2002).

Se repetir o êxito de há um ano, Portugal passará a ser pentacampeão neste escalão, ainda que os três primeiros títulos tenham sido conquistados em 1961, então no Torneio Internacional de Juniores, e em 1994 e 1999, enquanto sub-18.

Hoje, frente à Espanha, impõe-se um pequeno exercício de revisão da matéria dada, com especial ênfase para o jogo do Banants Stadium, onde, há dez dias, Portugal se deparou com uma selecção incómoda: a “Rojita”, que em 2017 deixara os então sub-17 lusos fora do Europeu da categoria, disputado na Croácia.

Dessa geração espanhola de 2000, que acabaria por sagrar-se campeã europeia frente a Inglaterra — numa final decidida nos penáltis, depois do 2-2 no período regulamentar — há 12 nomes entre os 22 seleccionados por Santi Denia, antigo defesa do Atlético de Madrid, que, de resto, levou os sub-17 espanhóis ao título em 2017.

Com a ausência do Croácia 2017, Portugal falhou também a ida ao Mundial desse ano, na Índia. Torneio em que a Espanha voltou a marcar presença na final e onde foi derrotada pela Inglaterra (5-2).

Olhando ao passado recente das duas selecções que hoje disputam a final do Europeu na Arménia, as probabilidades de sucesso parecem favorecer os espanhóis. Isto porque  os sub-19 lusos, sob o comando de Filipe Ramos, não são exactamente os sub-17 de há dois anos, dirigidos por José Guilherme.

Portugal surge “desfalcado” de algumas unidades nucleares, casos do lesionado Úmaro Embaló e dos também benfiquistas Nuno Tavares, Pedro Álvaro e Tiago Dantas (todos às ordens de Bruno Lage na pré-época das “águias”), bem como dos portistas Tomás Esteves, Romário Baró e Fábio Silva (chamados por Sérgio Conceição aos seniores dos “dragões”), sem esquecer os “leões” Nuno Mendes, Eduardo Quaresma, Rafael Camacho e Joelson Fernandes. De resto, apenas Embaló, Baró e Camacho defrontaram a Espanha (0-2) na qualificação do Euro 2017, pelo que a diferença não é relevante.

Mas, para suprir estas baixas, Filipe Ramos optou por um leque de jogadores que tem dado boa conta de si. E esse “factor-surpresa” também não facilita a tarefa da “Rojita”.

Recordista de volta

Se Portugal tem marcado presença constante nos grandes torneios de sub-19, já a recordista Espanha, que soma dez títulos na categoria, sete dos quais a partir de 2002, nem sequer participou nas últimas três fases finais, desde que se sagrou campeã pela última vez, em 2015.

O resultado do confronto do último dia 17 reforça, inegavelmente, a ideia de equilíbrio. Sem nenhum nome repetido dos campeões de 2018, em Seinajoki, é curioso o facto de apenas dois portugueses e dois espanhóis actuarem em ligas estrangeiras: Félix Correia vai juntar-se ao Manchester City, onde poderá cruzar-se com Eric García, enquanto António Gomes representa a Atalanta e Sergio Gómez o Borussia Dortmund. Mas nenhum na primeira equipa, nível a que apenas os centrais Gonçalo Cardoso (Boavista) e Miranda (Barcelona) — marcou a Portugal — já actuaram, com os avançados Bryan Gil (Sevilha) e, sobretudo, Ferrán Torres (Valência) a cotarem-se como os mais experientes.

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