Regulador da aviação civil esteve paralisado por falta de electricidade

Autoridade Nacional de Aviação Civil foi obrigada a adiar exames de candidatos a pilotos. Trabalhadores estão sem computadores e site da instituição está indisponível.

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O presidente da ANAC, Luís Silva Ribeiro, no Parlamento Enric Vives-Rubio

A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) esteve paralisada durante toda a manhã devido a um problema que deixou as instalações do regulador da aeronáutica civil sem electricidade desde esta madrugada.

A assessora de imprensa da instituição, Sílvia Santos, reconheceu que houve uma falha no transformador de electricidade e que estão a tentar resolver o problema. “Já pedimos um gerador”, afirmou ao PÚBLICO, pouco antes das 10h. Já depois das 12h30, Sílvia Santos contactou o PÚBLICO, dando conta que o problema estava ultrapassado e a electricidade já tinha sido reposta. Ao início da tarde o site da instituição, já se encontrava a funcionar.

À medida que foram chegando os trabalhadores da instituição liderada por Luís Silva Ribeiro tiveram que ficar à porta da autoridade, porque as portas de acesso aos dois edifícios são eléctricas. As próprias empregadas da limpeza, que começam a trabalhar ainda de madrugada, não conseguiram entrar. Ao início da manhã, já se conseguiu abrir pelo menos uma porta, mas os funcionários continuavam sem computadores para trabalhar.

A administração informou-os de que até às 14h não haveria condições para trabalhar, autorizando-os a abandonar as instalações até essa altura. 

Os alunos que iriam realizar os exames necessários para conseguirem a licença de piloto também ficaram à porta da ANAC. O site da ANAC também se encontrava indisponível.

Este mês tem sido particularmente atribulado para o regulador da aviação civil. Logo a 1 de Julho, o Ministério Público anunciou acusação a três responsáveis da ANAC no caso da aterragem de emergência na praia de S. João da Caparica, a 2 de Agosto de 2017, que causou dois mortos.

O presidente da autoridade, Luís Silva Ribeiro,​ o director da Segurança Operacional  e o chefe do Departamento de Licenciamento de Pessoal e de Formação foram acusados de um crime de atentado à segurança de transporte por ar, agravado pela morte de duas pessoas.

Este crime é punido com pena de prisão entre um e oito anos, podendo, em alguns casos, o limite máximo chegar aos dez anos de cadeia. Isto porque, segundo o Ministério Público, “violaram deveres de promoção da segurança na aviação, de fiscalização e de supervisão das escolas de aviação e ainda de controlo de revalidação dos certificados de instrutores”.

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