“Manda quem pode” ou o hábito da banca de aprovar créditos sem garantias

Só em 2008, a CGD fez as contas à sua exposição a créditos garantidos por acções, eram 4.600 milhões de euros. Regras no banco público acabaram por apertar.

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Santos Ferreira, ex-presidente da CGD diz que todos os créditos cumpriram as regras LUSA/MÁRIO CRUZ

“Era normal” ou até “o pão nosso de cada dia” no início dos anos 2000 conceder créditos sem garantias suficientes que cobrissem o valor emprestado. Também era habitual na altura o financiamento para compra de acções com as próprias acções como garantia, sem que isso levantasse dúvidas. Só em 2008 houve essa preocupação e já representavam 4600 milhões na Caixa Geral de Depósitos (CGD). Eram tempos de “euforia da banca” em que muitas “vezes os bancos corriam atrás dos clientes” e “muitas vezes corriam mal”.

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“Era normal” ou até “o pão nosso de cada dia” no início dos anos 2000 conceder créditos sem garantias suficientes que cobrissem o valor emprestado. Também era habitual na altura o financiamento para compra de acções com as próprias acções como garantia, sem que isso levantasse dúvidas. Só em 2008 houve essa preocupação e já representavam 4600 milhões na Caixa Geral de Depósitos (CGD). Eram tempos de “euforia da banca” em que muitas “vezes os bancos corriam atrás dos clientes” e “muitas vezes corriam mal”.