PAN critica interrupção do rio Sorraia e alerta para possíveis “efeitos catastróficos” no Tejo
Corte foi feita para impedir a entrada de água salgada nas culturas de arroz.
O PAN criticou nesta segunda-feira a interrupção do rio Sorraia em Samora Correia, uma intervenção que já matou peixes e pode ter “efeitos catastróficos” no Tejo, autorizada pela Agência Portuguesa do Ambiente a pedido de produtores de arroz.
Num requerimento apresentado na Assembleia da República, o partido Pessoas, Animais, Natureza exige ao Ministério do Ambiente que acabe “com carácter de urgência a interrupção do rio e restabeleça as condições naturais do ecossistema.
O partido questiona ainda o Governo sobre o porquê da autorização dada pela Agência Portuguesa do Ambiente, querendo saber se se baseou numa avaliação de impacto ambiental.
Para o PAN, não se justifica “cortar o ciclo hidrológico do rio Sorraia para favorecer uma actividade económica privada”.
“A interrupção do rio Sorraia foi feita a cerca de um quilómetro e meio a montante da Ponte do Porto Alto pela Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, com o objectivo de evitar que a água salgada das marés danifique os campos agrícolas de arroz”, indica o partido.