Câmara de Almada admite falhas de segurança após incêndio que fez um morto em parque de campismo

Incêndio fez um morto e um ferido. Câmara de Almada admitiu que nem todos os parques de campismo do concelho cumprem as medidas de segurança.

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Ainda não se conhecem as causas do incêndio Rui Gaudencio

A Câmara de Almada admitiu que nem todos os parques de campismo do concelho cumprem as medidas de segurança, apesar de ainda não estarem apuradas as causas do incêndio que vitimou um homem de 73 anos durante a manhã de sábado.

“Temos noção que há parques de campismo que não cumprem as condições de segurança e, nomeadamente, não garantem as medidas de autoprotecção que são necessárias e que estão reguladas na legislação”, disse à Lusa a vereadora da Protecção Civil, Francisca Parreira.

A autarca frisou que, neste momento, “não está determinado quais as causas que estão na base do incêndio”, que causou a morte de um homem de 73 anos, no Parque de Campismo Piedense, na Costa de Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal. Seja qual for a causa do incidente, Francisca Parreira advertiu que “são os proprietários os responsáveis pelas medidas de autoprotecção dos equipamentos que são da sua propriedade”.

Parreira acrescentou que o parque de campismo em causa, situado no sul do concelho, está sinalizado como área de risco de galgamento ou inundação, pelo que a autarquia “não tem outra solução que não seja um processo longo de diálogo com os proprietários para garantir que os parques serão relocalizados ou encerrados”. A autarca adiantou ainda que o município já fiscalizou os parques de campismo localizados a norte, tendo notificado os proprietários “relativamente às condições encontradas, fazendo recomendações”.

Segundo a fonte da GNR, “uma tenda de campismo ardeu e, quando as autoridades chegaram ao local, encontraram o corpo de um homem carbonizado”. As causas do incêndio são ainda desconhecidas, indicou a mesma fonte, acrescentando que a investigação do incêndio passou para a alçada da Polícia Judiciária. Além da tenda, arderam também nove alvéolos - cinco ficaram completamente destruídos e quatro parcialmente.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal disse à Lusa que o alerta para o incêndio foi dado cerca das 09:20, tendo sido mobilizados para o local operacionais e veículos dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, além da GNR.

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