Gomes Cravinho anuncia em breve decisão sobre compra dos KC-390

A Lei de Programação Militar dos investimentos para as Forças Armadas até 2030, prevê a substituição dos C-130 por novos aviões de transporte táctico.

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Tecnologia militar em alta no sector da aviação LUSA/Jose Sena Goulao

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, disse esta segunda-feira que a decisão sobre a compra das aeronaves KC-390 deverá ser anunciada “durante as próximas semanas” e sublinhou que o modelo de médio porte conta com tecnologia portuguesa.

“Estamos próximos de uma decisão sobre essa matéria. Hoje foi publicada a Lei de Programação Militar de maneira que eu espero durante próximas semanas, mês a mês e meio estar em condições de anunciar algo sobre isso”, declarou João Gomes Cravinho.

O governante falava aos jornalistas junto ao stand de Portugal no “Paris Air Show”, uma das maiores feiras de aeronáutica do mundo, realizada de dois em dois anos nos arredores da capital francesa.

Entre reuniões com diversas empresas do sector da defesa e da aeronáutica, o ministro da Defesa enalteceu o papel de Portugal na construção do KC-390, que acontece, em parte, na Ogma - Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A, com peças fabricadas em Portugal e tecnologia desenhada por engenheiros portugueses.

A primeira demonstração comercial do avião de transporte táctico e estratégico fabricado pela Embraer, o KC-390, foi realizada esta segunda-feira no “Paris Air Show”.

Em dia de publicação da Lei de Programação Militar, o ministro não quis alongar-se sobre outros possíveis negócios para as Forças Armadas, afirmando que a sua presença visou “reforçar a Força Aérea” e o “tecido económico empresarial” português, mostrando-se ainda confiante no desenvolvimento do sector da aeronáutica em Portugal.

“Isto é um sector jovem em Portugal e muito dinâmico, que foi criado na última década e é um sector com futuro. É um sector em expansão, muito promissor e são os cursos de engenharia aeronáutica com maior média de entrada nas universidades portuguesas e há boa razão para isso. Os nossos jovens engenheiros saem das universidades e têm logo empresas à espera para os recrutar”, disse o governante.

Num curto discurso no stand português, ao lado do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o ministro da Defesa Nacional sublinhou que a aeronáutica já ultrapassou o sector do vinho a nível de exportações.

O ministro da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, também esteve presente no certame, que junta em Paris mais de 2.000 expositores de 48 países e onde passam mais de 300 mil visitantes, com demonstrações de novos modelos de aviões e helicópteros, comerciais e militares.

A Lei de Programação Militar, que define os investimentos para as Forças Armadas até 2030, prevê a substituição das aeronaves C-130 por novos aviões de transporte táctico, com uma dotação de 827 milhões de euros.

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