81.ª Volta a Portugal recupera chegada à Torre

Joaquim Gomes, director da prova, destaca etapas de média dificuldade... capazes de virar a classificação de pernas para o ar.

Foto
dr

O director da Volta a Portugal, Joaquim Gomes, destacou esta quinta-feira o regresso da Torre e alertou para o “perigo” das etapas de média dificuldade na 81.ª edição da prova, a disputar de 31 de Julho a 11 de Agosto.

“Esta é uma Volta a Portugal que recupera a Torre, que mantém a Senhora da Graça como uma das etapas mais importantes, na última tirada em linha antes do contra-relógio final, que liga Vila Nova de Gaia ao Porto”, disse.

Na apresentação da Volta a Portugal, que decorreu em Lisboa, Joaquim Gomes recordou que a prova vai ter uma etapa a terminar no Larouco (Montalegre), segundo ponto mais alto de Portugal continental, e disse que as etapas de média dificuldade podem virar a classificação da Volta de pernas para o ar​.

“Atenção às etapas que são catalogadas como de média dificuldade, mas que, com algum relevo complicado, podem deitar tudo a perder de um momento para o outro para alguns dos principais protagonistas”, afirmou.

Admitindo que, “do ponto de vista sentimental”, o final no Porto tem “um significado muito grande”, pois foi aí que venceu a sua primeira Volta a Portugal, em 1993, Joaquim Gomes realçou o regresso ao nordeste transmontano.

“Com uma etapa fantástica, à qual devem estar particularmente atentos. A abrir a segunda metade da prova, em que vamos atravessar uma parte do parque do Douro Internacional”, afirmou Gomes, que salientou que esta será corrida quase sempre acima dos 700 metros de altitude.

Questionado sobre se o percurso do ano está feito para trepadores e que os “sprinters” terão poucas oportunidades de brilhar, Joaquim Gomes disse que o regulamento deste ano tem um bónus para os velocistas.

“Nas etapas teoricamente destinadas aos sprinters, as chegadas vão conceder o dobro dos pontos das chegadas em alto. Aumentámos também os pontos das metas volantes. Espero contrariar a tendência de que o vencedor da camisola verde seja também o camisola amarela ou um dos homens que está a discutir a geral”, referiu.

Uma das equipas presentes na prova poderá ser a francesa Arkéa Samsic, do alemão Andre Greipel, um dos grandes sprinters dos últimos anos.

“A equipa tenciona estar na Volta a Portugal. Mesmo não estando no seu melhor, Greipel continua a ser um dos grandes monstros do ciclismo mundial. Com participação prevista no Tour, está tudo muito dependente de como lhe correrem as coisas” na Volta a França.

Em relação às notícias recentes de alguns casos de doping em equipas do pelotão nacional, Joaquim Gomes assegurou que a organização da Volta "tem particular atenção às questões de dopagem”.

“Os casos, que infelizmente ocorreram, não são muito graves, o que deixa alguma margem aos corredores e às equipas médicas para poderem esclarecer os ‘positivos’. Espero que até ao início da Volta fiquem esclarecidos, para bem da Volta, do ciclismo e do desporto em geral”, concluiu.

Sugerir correcção
Comentar