João Sousa entre as vítimas de uma quinta-feira louca

O português aguentou-se 1h20m no court frente a Roger Federer, que mais tarde superou Borna Coric.

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João Sousa LUSA/ETTORE FERRARI

Foi uma jornada de loucos a que se viveu nesta quinta-feira em Roma. A chuva, que impossibilitou a realização de qualquer encontro na quarta-feira, forçou a organização dos Internacionais de Itália a programar cerca de 55 encontros, espalhados por nove campos, e obrigou muitos jogadores a jornada dupla, para gáudio dos adeptos. Entre as muitas vítimas deste dia atípico esteve João Sousa. No entanto, o número um português só pode “culpar” o seu adversário, Roger Federer.

O suíço, que não competia em Roma desde 2016, estreou-se neste Masters 1000 diante de Sousa – que já trazia uma vitória sobre Frances Tiafoe, em três partidas, depois de salvar quatro match-points no tie-break do segundo set. O equilíbrio desfez-se nos break-points, pois o vimaranense não aproveitou os sete de que dispôs, enquanto Federer concretizou três (em 10 oportunidades), para vencer, por 6-4, 6-3.

“O Roger é daqueles jogadores que consegue anular as armas dos adversários, conseguiu ser muito agressivo, fez com que eu não conseguisse tomar conta do jogo em muitas ocasiões. Tive alguns pontos de break, mas ele jogou bem nesses momentos, por isso, mérito dele. Foi também uma bonita experiência jogar aqui no Centrale. Fica mais um bom torneio, consegui dois encontros a grande nível, o que era muito importante para mim”, resumiu Sousa.

À tarde, sob um ambiente louco no Grandstand repleto de fãs, Federer superou Borna Coric, por 2-6, 6-4 e 7-6 (9/7), depois de salvar dois match-points, a 4/6 do tie-break decisivo. “Voltei a ter muita sorte outra vez. Perdi alguns tie-breaks emocionantes durante a carreira, por isso, é bom vencer estes”, disse o número três logo após o duelo de duas horas e meia. Na semana passada, em Madrid, Federer também tinha ficado a um ponto de ser eliminado, por Gael Monfils, pelo que esta é a primeira vez que o suíço anula match-points em dois torneios consecutivos desde 2003.

Nos quartos-de-final – os primeiros em Roma desde 2015 –, Federer vai defrontar o vencedor do duelo entre Stefanos Tsitsipas e o herói local Fabio Fognini, marcado para as 22 horas locais…

Mais expeditos estiveram Novak Djokovic e Rafael Nadal, com ambos a terminarem a jornada dupla com o mesmo tempo passado no court: duas horas e nove minutos, sem sofrerem qualquer break. Djokovic venceu sucessivamente Denis Shapovalov, por 6-1, 6-3, e Philipp Kohlschreiber, 6-3, 6-0; Nadal eliminou Jérémy Chardy, por 6-0, 6-1, e depois, Nikoloz Basilashvili, por 6-1, 6-0.

Djokovic vai agora defrontar Juan Martín del Potro, que ganhou o primeiro encontro esta época sobre a terra batida, derrotando David Goffin, por 6-4, 6-2. Mas o argentino fez melhor e também afastou Casper Ruud, com um duplo 6-4, duplicando o número de encontros ganhos esta época. Já Nadal terá de defrontar o também espanhol Fernando Verdasco, que começou por causar uma surpresa ao derrotar Dominic Thiem, por 4-6, 6-4 e 7-5, e ainda superou Karen Khachanov, por 7-5, 3-6 e 6-3, para disputar o seu primeiro quarto-de-final num Masters 1000 em terra batida desde 2012.

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