Atleta russa Kseniya Savina suspensa por 12 anos por falsificar documentos

Desportista já tinha estado anteriormente sob suspeita de falsificação de documentos, na altura para contornar internacional da Federação Russa, recorrendo à identidade de outra atleta.

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Reuters/SERGEI KARPUKHIN

A atleta russa Kseniya Savina, especialista dos 800 metros, foi suspensa por 12 anos por apresentar documentos falsos a fim de justificar um controlo positivo de EPO. A Federação Russa de Atletismo e a Unidade de Integridade do Atletismo (IAU) anunciaram a sanção esta quarta-feira.

A atleta, que tem um recorde pessoal de 1.59,97 minutos, ficou sobretudo conhecida internacionalmente pela suspeita de ter usurpado uma identidade alheia entre 2016 e 2018. Após a suspensão internacional da Rússia em Novembro de 2015, devido ao escândalo de doping institucionalizado no país, a atleta terá contornado a proibição de forma fraudulenta, participando em diversas provas com outra identidade.

Savina terá competido em Portugal, Bélgica, França e na República Checa sob a identidade de uma atleta ucraniana sua amiga, aproveitando as semelhanças físicas entre as duas, acusação que sempre negou.

A suspensão anunciada agora é motivada por outro incidente — a falsificação de documentos num controlo antidoping positivo, em Maio de 2018, durante um estágio em Ifrane, em Marrocos, com a atleta a alegar a substância ilícita encontrada pertencia ao seu marido.

Savina justificou que o marido sofria de insuficiência renal e que o seu medicamento foi misturado acidentalmente com um medicamento que estava a tomar, para dores nas costas. Para tal, apresentou um documento falso que supostamente comprovaria a doença do marido.

A AIU e a agência antidoping russa (RUSADA) confirmaram que o documento era falso e puniram a atleta por fraude, suspendendo também o seu marido e treinador, Alexei Savin, por quatro anos.

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