Por que jogam Belenenses SAD e Sporting? Quase só pela honra

O Sporting já pouco contará com uma ida à Liga dos Campeões, enquanto o Belenenses SAD, apesar do bom campeonato, nem pôde sonhar com a Liga Europa. As equipas jogam neste domingo (17h30), no Jamor.

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Bruno Fernandes e Fredy têm sido as grandes figuras das respectivas equipas. LUSA/ANTÓNIO COTRIM

No mínimo, joga-se pela honra. No máximo, joga-se a remota probabilidade de ainda haver Liga dos Campeões a cair no “bolso” do Sporting. É este o contexto do Belenenses SAD-Sporting, marcado para este domingo (17h30), no Jamor.

O Belenenses SAD tem pouco por que lutar. Não tendo feito a inscrição nas provas europeias, nunca poderá capitalizar uma eventual classificação mais alta na tabela. Por outro lado, o Sporting, que já tem o terceiro lugar garantido, ainda “guarda” uma ligeira esperança de, com uma nova “escorregadela” do FC Porto, poder ir ao Dragão, na última jornada, “roubar” um lugar de Champions.

A improbabilidade deste cenário dá, no entanto, um cariz relativamente “morno” a este jogo, no qual dificilmente poderiam encontrar-se duas equipas mais divergentes em matéria de rendimento recente. Tirando o Feirense, o Belenenses é a equipa da Liga em pior forma – não vence há sete jogos e soma três derrotas nas últimas cinco partidas –, enquanto o Sporting é, por esta altura, o “tubarão” do campeonato: já vai em oito jogos consecutivos a ganhar e é a equipa em melhor sequência de resultados.

Para este jogo – e até pela pouca pressão que existe –, a equipa de Silas deverá manter-se fiel à matriz que a faz ser a quarta com mais posse de bola na Liga. Com bola, mas sem ser “papão”. É que a equipa do Restelo (ou do Jamor, se quisermos) é a segunda que menos remata à baliza adversária e, pior do que isso, é a terceira que mais remates concede ao adversário. Dados que bem podem assustar os defesas escolhidos por Silas para este jogo, já que, do lado contrário, haverá um Luiz Phellype de pé quente, com seis golos nos últimos seis jogos.

Para este jogo, Marcel Keizer conta com um reforço de peso. Bas Dost está de regresso – não joga desde dia 15 de Março, devido a lesão –, ainda que o lugar no ataque deva continuar a pertencer a um Luiz Phellype em grande forma e que até tem dado aos “leões” uma mobilidade e trabalho sem bola que Dost não oferecia.

“Bas Dost está disponível, mas não para o jogo todo. Temos de aumentar o ritmo dele, mas é bom para nós que ele esteja apto e vai estar com a equipa”, disse Marcel Keizer, na antevisão da partida.

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Para Silas, este jogo significa o brio de lutar pela honra. “Jogamos por orgulho próprio. Os jogadores gostam de ganhar, ainda mais a equipas grandes. Se pudermos ficar em sétimo, não vamos querer ficar em oitavo”, disparou.

Como curiosidade, este duelo no Jamor pode ser visto, para o Sporting, como um aperitivo ao grande objectivo que ainda resta nesta temporada: o regresso ao Estádio Nacional, em Maio, para a final da Taça de Portugal.

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