25A: viver no passado, evitar o presente, fugir do futuro

Sejamos sinceros. As coisas são assim porque os eleitores gostam, a sociedade civil não existe e a comunicação social demitiu-se de escrutinar o regime.

1. Como tem sido apanágio nas comemorações do 25A há já alguns anos, o discurso oficial concentra-se fundamentalmente nas consequências políticas e sociais da efeméride – as liberdades consagradas na Constituição da República Portuguesa de 1976 e a construção do Estado social. As referências ao Estado Novo são já um mero apontamento. Afinal, apenas metade da população atual nasceu antes do 25A. E, se olharmos para a população com mais de 60 anos (aqueles que tinham mais de 15 anos no 25A), estamos a falar de menos de três milhões (em mais de dez). Para a esmagadora maioria dos portugueses, o 25A é já, naturalmente, apenas parte da memória histórica. 

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