FC Porto desaba nos minutos finais e dá alento ao Benfica

A equipa de Sérgio Conceição foi para o intervalo a vencer o Rio Ave por 2-0, mas consentiu o empate em cima do minuto 90.

Pepe
Fotogaleria
Pepe LUSA/FERNANDO VELUDO
Futebol gaélico
Fotogaleria
Momento do jogo entre o Rio Ave e o FC Porto LUSA/FERNANDO VELUDO
Fotogaleria
Um dos golos do FC Porto contra o Rio Ave LUSA/FERNANDO VELUDO
Fotogaleria
Marega foi um dos mais perigosos do jogador do FC Porto LUSA/FERNANDO VELUDO
Fotogaleria
Daniel Ramos, treinador do Rio AVe LUSA/FERNANDO VELUDO
Fotogaleria
A festa dos jogadores do Rio Ave Fernando Veludo/Lusa
Futebol
Fotogaleria
O desalento dos jogadores do FC Porto Fernando Veludo/Lusa

Com a vitória praticamente garantida, o FC Porto viu nesta sexta-feira a possibilidade de transferir toda a pressão da luta pela liderança — que agora segura por um ponto — desabar nos cinco minutos finais, correndo o risco de ver o Benfica isolar-se de forma definitiva no primeiro lugar do campeonato. Um empate a dois golos no terreno do Rio Ave dá alento aos “encarnados” antes de um difícil jogo, amanhã, contra o Sp. Braga. A esperança dos portistas será, agora, ver a “águia” ser derrotada no Minho.

Já sem vestígios do desgaste evidenciado frente ao Santa Clara, com Soares no banco e o regressado Corona mais próximo de Marega, o FC Porto entrou a “cuspir fogo”, na tentativa de resolver cedo. Mas o ímpeto inicial não intimidou os vilacondenses. Sem algumas pedras importantes, como Diego Lopes, Galeno e Coentrão, o técnico da casa deu indicações a Gabrielzinho para pressionar Militão, com o brasileiro de volta ao corredor para ceder o eixo a Pepe. E com duas simples investidas, o Rio Ave desmentiu Sérgio Conceição e provou que o “dragão” não estava imune a crises de ansiedade.

As dificuldades na primeira fase de construção dos portistas eram evidentes. Marega sofreu um encosto de Rúben Semedo, em plena área, e accionava o VAR, que não atendeu as queixas do maliano.

Sem penálti, os “azuis-e-brancos” precisavam urgentemente de uma ideia mais clara de jogo ou, no limite, de um golpe de asa como o que Brahimi aplicou ao minuto 17. O argelino combinou com Otávio e surgiu na área a finalizar... de cabeça. Uma raridade e efusivamente assinalada pelos companheiros.

Com o jogo desbloqueado, Marega respondeu, de raiva, ao amarelo de Soares Dias (por palavras), transformando em ouro líquido o segundo remate enquadrado com a baliza dos vilacondenses, contando ainda com a prestimosa colaboração de Júnio Rocha, a trair Léo Jardim.

No intervalo de quatro minutos, o FC Porto tinha o jogo na mão, passando a gerir com outro à-vontade os ritmos, estabilizando e obrigando o adversário a abandonar o jogo de transições, expondo-se, forçosamente, ao critério portista.

A salvo da guilhotina da despromoção e demasiado longe do objectivo europeu, o Rio Ave agiu com absoluta serenidade e surgiu inspirado para a segunda parte. Valeu ao FC Porto o deslumbramento de Bruno Moreira, que falhou ocasião soberana para reacender a discussão que Brahimi, isolado, podia ter resolvido logo a seguir, permitindo o desarme de Borevkovic.

Até final, apesar do maior ascendente do FC Porto, o Rio Ave voltaria a ameaçar Casillas num remate de Filipe Augusto, devolvido, com estrondo, pela barra.

Sérgio Conceição via-se na contingência de ajustar a equipa numa altura em que os “dragões” evidenciavam algumas dificuldades para travar as investidas de Nuno Santos, trocando Brahimi (insatisfeito com a saída) por Manafá. Embora com uma missão eminentemente ofensiva, o lateral ficava de prevenção para compensar o desgaste de Militão, que concluía a partida em evidentes dificuldades físicas.

Os problemas adensavam-se com o golo de Nuno Santos, a cinco minutos dos 90, deixando os portistas em alerta total, já com Soares no lugar de  Corona a tentar corrigir a falta de eficácia da linha avançada portista. Mas o choque surgiu em cima do minuto 90, num cerimonial em zona proibida, a permitir ao Rio Ave ficar com a bola e a Ronan rematar. Um remate que ainda desviou em Bruno Costa, traindo Casillas e mergulhando os portistas num profundo sentimento de depressão

Sugerir correcção
Ler 7 comentários