Mundial de ralis prevê solução híbrida em 2022

Responsável da Federação Internacional do Automóvel, Yves Matton, vai discutir ideias com os construtores, admitindo a entrada de novas marcas na competição.

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LUSA/NIKOS MITSOURAS

O Mundial de ralis (WRC) prevê adoptar uma “solução híbrida” para 2022, afirmou esta quarta-feira Yves Matton, responsável da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em entrevista à AFP.

“A única coisa que está clara para todo o mundo é que vai ser introduzida uma solução híbrida. Estamos em vias de discutir o momento com cada construtor, para compreender quais são as suas ideias para usar a futura regulamentação, como ferramenta de marketing”, referiu Yves Matton, quando questionado sobre as orientações a apresentar este ano e que devem entrar em vigor em 2022.

O responsável admitiu uma “hibridização” dos motores, com a potência actual, e não uma “solução cem por cento eléctrica”. “O objectivo não é ter um custo descontrolado como noutras disciplinas em que se adoptaram os motores híbridos, mas estudar a forma de manter os níveis actuais, reduzindo o custo”, frisou.

Matton defendeu a manutenção do “actual desempenho” dos carros, sem definir a potência. “Falámos, sobretudo, de desempenho, sabendo que o modelo escolhido terá ganhos em termos de massa dos carros, que terão de ser compensados. Mas o rácio final vai permanecer, a fim de satisfazer os adeptos e permitir um espectáculo interessante”, prosseguiu.

Questionado sobre a possibilidade de outros construtores se juntarem à Toyota, Citroën, Hyundai e à Ford no WRC, perante essas novas orientações, o responsável reconheceu que há interessados, mas não revelou quais.

“Os princípios da nova regulamentação vão ser estabelecidos, o objectivo é apresentá-los em Junho para tentar ter o regulamento técnico no final do ano, sendo assim mais fácil abordar os construtores que tenham manifestado interesse no dossier (...) e cujas tecnologias não colidam com nenhum dos construtores”, concluiu.

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