Bernardo Silva ajudou a manter o Man. City na luta pelo título

Um golo do internacional português abriu caminho para o triunfo aos actuais campeões ingleses no derby de Manchester sobre os rivais do United.

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Bernardo Silva LUSA/NIGEL RODDIS

Era um jogo de alto risco, quer para o Machester City, quer para o Manchester United. Num derby que se joga desde 1881 (este foi o 178.º), ambos os clubes tinham muito a perder no caso de não conseguirem vencer este duelo, relativo à 31.ª jornada da Liga inglesa. O City corria o risco de ver o Liverpool assumir o comando da Premier League e isolar-se no topo da tabela a três jornadas do fim do campeonato; o United podia ver esfumar-se de forma quase definitiva a difícil hipótese de ainda chegar o quarto lugar, que lhe daria uma vaga na próxima edição da Liga os Campeões.

E depois de uma primeira parte equilibrada e com escassas ocasiões de golo, foi Bernardo Silva quem começou a resolver a partida quando, ainda não tinham passado dez minutos do intervalo, inaugurou o marcador em Old Trafford, num remate já no interior da área adversária (54’). O internacional português, tantas vezes elogiado por Pep Guardiola ao longo da temporada, jogou os 90’ e justificou as palavras que tem recebido do seu treinador.

O United ainda tentou uma reacção e, praticamente na jogada seguinte, Lingard desperdiçou aquela que foi a melhor ocasião de golo dos “red devils” no encontro. Mas o perigo passou e Emerson passou o resto da noite relativamente tranquilo entre os postes.

De regresso às exibições cinzentas e aos maus resultados - foi a terceira derrota consecutiva do Manchester United e a sétima nos últimos nove jogos – os “red devils” mostraram-se sempre incapazes de dar a volta aos acontecimentos. E pior ficaram depois de Sané ter ampliado a vantagem dos “citizens” (66’).

Com o triunfo em casa do eterno rival (o 11.º consecutivo desta época no campeonato) a equipa de Guardiola, que ainda não esbanjou qualquer ponto desde Janeiro, tem a passadeira vermelha estendida para aquele que será o seu sexto título na história e o seu primeiro bicampeonato - nas três jornadas que faltam disputar o Manchester City joga fora com o Burnley e o Brighton e em casa com o Leicester City, enquanto o Liverpool recebe o Huddersfield, e o Wolverhampton e viaja até Newcastle.

"Wolves” derrotam Arsenal

E, por falar em Wolverhampton, a equipa de Nuno Espírito Santo recebeu e derrotou o Arsenal por claros 3-1. Com quatro portugueses no “onze” inicial (Rui Patrício, João Moutinho, Rúben Neves e Diogo Jota - Ivan Cavaleiro entrou no último quarto de hora de jogo), os “wolves” chegaram ao intervalo a vencer por claros 3-0, com o primeiro e o terceiro golos da partida a terem assinatura portuguesa. Rúben Neves inaugurou o marcador num livre marcado de forma soberba e Diogo Jota fechou a contagem - Matt Doherty marcou pelo meio.

No segundo tempo, o melhor que o Arsenal conseguiu foi atenuar um pouco a derrota, a primeira sofrida às mãos do Wolverhampton na era Premier League, graças a um golo de Sokratis a dez minutos dos 90’.

Por causa do desaire, o segundo nos últimos dois jogos, os “gunners” falharam o assalto ao quarto lugar da classificação, o último que dá acesso directo à Champions. Já os “wolves” subiram ao sétimo posto, o primeiro abaixo do actual lote de clubes de elite do futebol inglês. 

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