Cartas ao director

Robert Fishman

Muitos parabéns pela excelente entrevista (P2 de domingo) feita com grande mestria por Bárbara Reis ao sociólogo norte-americano Robert Fishman, sobre a comparação das democracias portuguesa e espanhola actuais, à luz da forma como nasceram na década de 70. Brilhante! Também gostei de ver um académico estrangeiro e independente destacar a forte preocupação social em relação aos mais pobres com que nasceu o CDS – tão injustamente tratado na altura como “fascista” e “partido dos ricos”.

Diogo Freitas do Amaral, Cascais

Património histórico

Visitei recentemente três monumentos do património histórico e cultural português que já não visitava há anos: o Palácio da Vila (agora chamado Palácio Nacional) e o Palácio da Pena, em Sintra, e o Mosteiro dos Jerónimos. Por um bilhete combinado para os dois primeiros paguei 23 euros e por um bilhete para a visita do claustro dos Jerónimos 10 euros (a entrada na igreja (ainda) é gratuita). Pergunto-me que pensamento ou que visão da cultura estão por detrás de tais preços, num país onde o salário médio anda nos 800 euros. Não os descortino. Uma coisa é certa: são preços que barram ao cidadão comum o acesso ao seu património. Pensados em função dos “turistas”, como espécie a explorar, desconsideram nacionais e estrangeiros e são simplesmente indecentes.

Jorge Mesquita, Bruxelas

António Guerreiro

Caro António Guerreiro, sendo seu admirador e leitor fiel das suas crónicas, fiquei muito contente de o saber também ouvinte do programa “Bloco Central” da TSF onde participo. Pelo que li na sua crónica no PÚBLICO de dia 19 de Abril está particularmente atento às minhas intervenções, o que muito me honra.

Deixou, no entanto, claro que não gostou de um comentário que fiz no dia 12 de Abril e resolveu tirar ilações definitivas sobre todo o meu desempenho como comentador político.

Há aqui qualquer coisa que não bate certo. Convirá que é estranho que tenha uma opinião tão negativa da minha actividade e no entanto siga habitualmente as minhas prestações. É que não me passaria pela cabeça que alguém com as responsabilidades do António Guerreiro, e que repito tanto admiro, tirasse conclusões definitivas sobre a minha actividade profissional baseando-se apenas num conjunto de frases mais ou menos infelizes que eu tenha proferido num único programa. Seria uma coisa, no mínimo, intelectualmente desonesta que este seu leitor de tantos anos se recusaria a acreditar que fosse possível. Espero mantê-lo como meu ouvinte e não hesite em enviar os seus comentários e sugestões.

Pedro Marques Lopes

Porque será que isto acontece

O que levará um advogado como Pedro Pardal Henriques a ser vice-presidente do sindicato dos motoristas de transporte de matérias perigosas? E já agora, o que levará um sindicato a aceitar como seu vice-presidente alguém que nada tem a ver com a profissão que esse sindicato defende? Confesso que fiquei um pouco confuso. No caso do advogado parece-me evidente a busca de protagonismo. Esta foi uma das novidades da Páscoa de 2019 que quase ia estragando as amêndoas a muita gente. 

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

Sugerir correcção
Comentar