A vez de Fabio Fognini na terra batida de Monte Carlo

Aos 31 anos, na primeira final de um Masters 1000, Fognini só precisou de uma hora e 36 minutos para bater Lajovic.

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Fognini festeja no Mónaco. Reuters/JEAN-PAUL PELISSIER

Nos 92 torneios Masters 1000 realizados até Maio de 2017, apenas oito jogadores se estrearam nesse particular palmarés. Desde então, nos últimos 17 eventos da categoria máxima do ATP Tour, já houve outros oito a conquistarem o seu primeiro troféu Masters 1000. O último foi o italiano Fabio Fognini, que neste domingo venceu o Rolex Monte-Carlo Masters. Um sucesso há muito aguardado pelos fãs do talentoso italiano, nascido há 31 anos em Arma di Taggia – a somente 70 quilómetros do Mónaco.

“Estou realmente contente por ganhar um grande torneio que sempre foi o meu objectivo na carreira. Todos, quando crescem e decidem jogar ténis, sonham em ganhar um grande torneio. Estamos a falar de um Masters 1000!”, frisou Fognini, depois de superar o sérvio Dusan Lajovic (48.º mundial), por 6-3, 6-4.

As qualidades de bater cedo na bola, variar o jogo e obter ângulos desconcertantes já não surpreenderam ninguém. Surpresa foi o comportamento calmo e compenetrado do italiano ao longo de toda a semana. Casado com Flavia Pennetta – que se retirou do ténis profissional após conquistar o US Open em 2015 – e pai de Federico – nascido há dois anos – “Fogna” revelou uma nova maturidade, que lhe permitiu recuperar, na primeira ronda, de 4-6, 1-4 diante de Andrey Rublev. E vencer sucessivamente Alexander Zverev (3.º), Borna Coric (13.º) e, nas meias-finais, Rafael Nadal (2.º), por 6-4, 6-2 – derrotando-o pela terceira vez na terra batida e encerrando uma série de 18 encontros ganhos pelo espanhol no principado, onde ergueu 11 troféus.

Fognini, que se tornou no primeiro italiano a triunfar em Monte Carlo desde Nicola Pietrangeli (1961, 1967 e 1968) e no campeão do torneio com pior ranking desde Gustavo Kuerten, em 1999, vai subir do 18.º ao 12.º lugar do ranking, o seu melhor de sempre – chegou a 13.º em 2014 – estando muito perto do seu antigo objectivo de entrar no top-10.

O adversário não foi o sérvio que se esperava ver na final, mas Novak Djokovic voltou a não passar dos quartos-de-final em torneios Masters 1000 este ano. Por chegar à final, sem ceder qualquer set – e eliminando entre outros, Dominic Thiem (5.º) e Daniil Medvedev (14.º) –, Lajovic vai atingir um novo máximo pessoal: 24.º.

Em Tunis, João Domingues (221.º) disputou a segunda final da carreira no Challenger Tour, mas foi impedido de conquistar um segundo título pelo uruguaio Pablo Cuevas (81.º), vencedor com os parciais de 7-5, 6-4.

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